Caminhos de ida e caminhos de volta: temporalidade e projetos entre acadêmicos kaingang e guarani na Universidade Estadual de Londrina (UEL)
DOI:
https://doi.org/10.5380/cra.v17i2.52902Palavras-chave:
Universidade, permanência, Kaingang e Guarani, temporalidade, ParanáResumo
Acompanhar o percurso dos acadêmicos indígenas na Universidade não pode ser compreendido como algo linear. Ao contrário, trata-se de um percurso marcado por curvas que, aos poucos, vão indicando diferentes modos de se relacionar com a instituição e seus agentes, com a vida acadêmica e política, com seus desejos profissionais e, ainda, com a própria história e identidade.Permanecer na Universidade e construir o projeto de formação superior não cabe apenas ao acadêmico, mas também a sua rede familiar e lideranças. Essa rede de relações e o reencontro consigo mesmo são alguns dos fatores diretamente associados ao tempo de permanência na graduação, uma temporalidade que é caracterizada pelo afastamento temporário da universidade e pelos trânsitos entre instituições e cursos. Diante disso, procurei compreender essas curvas, trânsitos e significações sobre ser um acadêmico Kaingang e Guarani no norte do estado do Paraná.
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