Do perspectivismo ameríndio ao índio real
DOI:
https://doi.org/10.5380/cam.v13i2.36728Palavras-chave:
Perspectivismo ameríndio, estruturalismo, cosmologia, etnografia, sujeito, pós-socialResumo
Este artigo aborda algumas críticas endereçadas por etnólogos de prestígio contra a difundida teoria do “perspectivismo ameríndio”. Este é caraterizado como um subproduto do estruturalismo tardio – entendido como puro formalismo – como uma generalização totalizadora sobre as cosmologias ameríndias, abusiva em si mesma, ou como uma moda exotizante que depõe contra a boa imagem pública e política dos povos indígenas. Postulo que tais críticas devem-se a leituras deficientes tanto do perspectivismo quanto do estruturalismo, de algumas noções obsoletas a respeito das unidades de estudo etnográfico e, enfim, de idéias excessivamente convencionais sobre o que seja culturalmente respeitável. Postulo, além disso, que o perspectivismo, longe de propor uma cosmologia ameríndia padrão, pode ser uma clave para renovar e diversificar a análise etnológica, sempre que consiga escapar de ser inteiramente absorvido pelo debate filosófico.
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