Ratos e homens – e o efeito placebo: um reencontro da cultura no caminho da natureza

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DOI:

https://doi.org/10.5380/cam.v2i0.1578

Palavras-chave:

laboratórios

Resumo

Sob o prisma de uma antropologia da ciência ou da modernidade, o artigo reflete sobre o fenômeno do efeito placebo, especialmente sua ocorrência nos laboratórios sintetizadores de moléculas medicamentosas. A função dos experimentos destes laboratórios, não por acaso denominados contra-placebo, é justamente a de, sob todo esforço, eliminar a ocorrência do efeito sugestão em favor do estável bioquímico. Este deve prevalecer, como um arrombador biológico, na composição final do medicamento em teste. Trata-se de acompanhar as constantes vicissitudes por que passam tais laboratórios em sua faina para eliminar de seus pacientes experimentais manifestações da subjetividade ou má razão, conforme nomenclatura padrão. A proposta de fundo é reconhecer nas hard sciences, centro reprodutor da epistéme moderna e seu modo de divisar Natureza e Cultura, um imprescindível foco para a compreensão de aspectos capitais da cosmologia moderna.

Biografia do Autor

Stélio Marras

cientista social, mestre em Antropologia Social pela USP e membro do corpo editorial da Revista Sexta-Feira – Antropologia, Artes e Humanidades

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Como Citar

Marras, S. (2002). Ratos e homens – e o efeito placebo: um reencontro da cultura no caminho da natureza. Campos - Revista De Antropologia, 2, 117–133. https://doi.org/10.5380/cam.v2i0.1578

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Artigos