Masculinidades contemporâneas: cruzando temas e perspectivas. Embora o campo dos estudos sobre masculinidades tenha emergido no contexto do norte global, nas últimas décadas, observa-se um crescimento significativo nas produções nacionais acerca do tema. Nesse sentido, a partir de diferentes campos disciplinares, com perspectivas teóricas e metodológicas distintas, autores e autoras têm se debruçado a refletir e problematizar as nuances e complexidades que cercam “o mundo dos homens” no sul global. No Brasil, tal expansão tem sido acompanhada tanto por desdobramentos em torno de temas consagrados, tais como violência masculina, machismo, poder, sexualidade, quanto por novos enquadres temático-analíticos, tais como: masculinidades e mídias sociais, masculinidades e saúde, masculinidades e marcadores sociais de diferença, masculinidades e paternidade, masculinidades e conjugalidades, transmasculinidades, etc. Certamente que as discussões sobre masculinidades não se esgotam na produção nacional. Nesse sentido, é importante mencionar as pesquisas sobre masculinidades e a antropologia das emoções; sobre prostituição masculina; sobre sexualidade e mídias digitais; sobre masculinidade e decolonialidade, dentre outros. Tendo como pano de fundo esse cenário de contínua efervescência, e levando em conta nossas distintas trajetórias de pesquisa, bem como nossos diálogos e interesses em torno das masculinidades, é que propomos a organização do dossiê temático “Masculinidades contemporâneas: cruzando temas e perspectivas”. O intuito é ampliar o debate possibilitando, desta forma, a visibilidade de trabalhos e pesquisas de diferentes nacionalidades - seja de viés teórico ou empírico -, pertencentes às mais diversas áreas disciplinares e suas respectivas fontes teórico-metodológicas. Afinal, o que as masculinidades contemporâneas nos provocam a pensar? Quais as continuidades e descontinuidades que revelam em relação aos debates clássicos? Quais as novas pautas e/ou questões que emergem em torno deste tema em um contexto atravessado pela virtualização e tecnologização da vida, pelos dilemas sócio-político-econômicos da sociedade global e local, pelo cenário pós-pandêmico, pela reivindicação de novas formas de viver e experimentar as identidades sexuais? Contribuições em torno destas e de outras questões, mas que tenham a(s) masculinidade(s) como tema central e a etnografia como elo de conexão, serão muito bem vindas. Organizadores: Esmael Oliveira (PPGAnt/UFGD), Moisés Lopes (PPGAS/UFMT) e Marcos Nascimento (Fiocruz/RJ) Recebimento de contribuições: 01/08/2022 a 01/10/2022 Publicação: edição 24(2) 2023
---- Aunque el campo de estudios sobre masculinidades haya surgido en el contexto del Norte Global, es posible observar en las últimas décadas un crecimiento significativo acerca del tema en las producciones nacionales. En ese En Brasil, esa expansión fue acompañada tanto por desdoblamientos de temas consagrados, como la violencia masculina, el machismo, el poder o la sexualidad, como por nuevos encuadramientos temático-analíticos: masculinidades y redes sociales, masculinidades y salud, masculinidades y marcadores sociales de Ciertamente que las discusiones sobre masculinidades no se agotan en la producción nacional. En ese sentido, es importante mencionar, por ejemplo, las investigaciones sobre masculinidades y antropología de las emociones; sobre la prostitución masculina, sobre masculinidad y decolonialidad; sexualidad y redes sociales, entre otros. Llevando en consideración ese escenario de continua efervescencia, nuestras distintas trayectorias de investigación y nuestros diálogos e intereses alrededor de las masculinidades, proponemos la organización del dossier temático: Organizadores: Esmael Oliveira (PPGAnt / UFGD), Moisés Lopes (PPGAS / UFMT) y Marcos Nascimento (Fiocruz / RJ) Envío de contribuciones: 01/08/2022 al 01/10/2022 Publicación: número 24 (2) 2023
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