Clareza, concisão e coesão: princípios e métricas de legibilidade aplicados ao texto de pós-graduandos em Ciência da Informação
DOI:
https://doi.org/10.5380/atoz.v10i2.77975Palabras clave:
Pós-graduação em ciência da informação, Métricas de legibilidade, Comunicação científica, Revisão pelos pares, Redação científica.Resumen
Introdução: a barreira da língua dificulta publicar em inglês mesmo quando há mérito científico, pois o problema começa em português, na dificuldade em escrever como a ciência requer. Qual o impacto da aplicação de princípios de clareza, concisão e coesão na extensão e legibilidade de textos científicos? Esta pesquisa objetivou verificar esse impacto ao comparar extensão e indicadores de legibilidade antes e após a aplicação dos princípios. Método: vinte e cinco estudantes de pós-graduação em Ciência da Informação anotaram um texto científico próprio e o de três colegas, em revisão por pares duplo-cega, indicando problemas de estilo de quatro tipos: palavra desnecessária, distância sujeito-verbo excessiva, nominalização excessiva e contextualização tardia. Cada autor reelaborou seu próprio texto para resolver os problemas anotados. Os textos originais e reelaborados foram comparados em extensão e escore de facilidade de leitura de Flesch. Textos originais e reelaborados da literatura também foram mensurados como referência. Resultados: Todos os textos diminuíram em extensão após reelaborados, embora tenha havido mais atenção a problemas gramaticais do que aos quatro problemas de estilo. Houve 13 aumentos, duas manutenções e 10 diminuições nos escores de legibilidade. Esse resultado é compatível com o estudo-referência com textos da literatura. Conclusão: a aplicação dos princípios de legibilidade diminui a extensão e, em acordo com a literatura, tem impacto duvidoso no escore de legibilidade. Resta investigar a traduzibilidade comparada para verificar o pressuposto de que aplicar os princípios é "escrever em inglês em português".
Citas
Albán Defilippi, M. T., Miller, K. L., & Ramirez-Avila, M. R. (2020). Collaboration to improve descriptive writing facilitated by Padlet: an English as a Foreign Language (EFL) action research study. AtoZ, 9(1), 54-60. doi: http://dx.doi.org/10.5380/atoz.v9i1.73517.
Barnett, A., & Doubleday, Z. (2020). Science is becoming less readable as the number of new acronyms boom. SocArXiv preprint, v. 01. https://osf.io/y7zqb/
Cuenca, A. M. B., Paula, D. D., & França Junior, I. (2017). Desenvolvimento da habilidade na escrita e a produção científica: cursos são necessários? Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, 11(3). doi: https://doi.org/10.29397/reciis.v11i3.1166.
Fages, D. M. (2020). Write better, publish better. Scientometrics, 122(3), 1671-1681. doi: https://doi.org/10.1007/s11192-019-03332-4.
Ferreira, O. C. A. (2015). Atributos de qualidade da informação. Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação, 8(2), 276-277.
Flesch, R. (1948). A new readability yardstick. Journal of Applied Psychology, 32(3), 221-233. doi: https://doi.org/10.1037/h0057532.
Guimarães, J. A. (2004). A pesquisa médica e biomédica no Brasil: comparações com o desempenho científico brasileiro e mundial. Ciência & Saúde Coletiva, 9(2), 303-327. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-81232004000200009.
Kincaid, J. P., Fishburne Jr, R. P., Rogers, R. L., & Chissom, B. S. (1975). Derivation of new readability formulas (automated readability index, fog count and flesch reading ease formula) for navy enlisted personnel. Naval Technical Training Command, Research Branch Report 8-75. Millington, TN: Naval Air Station, 40 p. Recuperado de http://www.dtic.mil/get-tr-doc/pdf?AD=ADA006655
McClure, G. M. (1987). Readability formulas: Useful or useless? IEEE Transactions on Professional Communication, 33(1), 12-15. doi: http://doi.org/10.1109/TPC.1987.6449109.
Meadows, A. J. (1999). A comunicação científica. Brasília-DF: Briquet de Lemos. 268 p.
Morato, J., Sánchez-Cuadrado, S., & Gimmelli, P. (2018). Estimación de la comprensibilidad en paneles de museos. El profesional de la información, 27(3), 570-581. doi: https://doi.org/10.3145/epi.2018.may.10.
Mubin, O., Tejlavwala, D., Arsalan, M., Ahmad, M., & Simoff, S. (2018). An assessment into the characteristics of award winning papers at CHI. Scientometrics, 116(2), 1181-1201. doi:
Rabinowitz, H., & Vogel, S. (Eds.). (2009). The manual of scientific style: a guide for authors, editors, and researchers. Burlington-MA, San Diego-CA, London: Academic Press.
Sheehan, K. M. (2013). Measuring cohesion: An approach that accounts for differences in the degree of integration challenge presented by different types of sentences. Educational Measurement: Issues and Practice, 32(4), 28-37. doi: http://dx.doi.org/10.1111/emip.12017.
Sheffield, N. (2011). Scientific writing: clarity, conciseness, and cohesion. Institute for Genome Sciences and Policy, Duke University, in collaboration with Duke Writing Studio. Updated September 8, 2011. Recuperado de https://cgi.duke.edu/web/sciwriting/resources/201108_DukeScientificWritingWorkshop.pdf
Sordi, J. O. (2009). Análise da coesão entre seções de textos de documentos extensos a partir da aplicação conjunta das técnicas de análise de redes sociais e referências internas. Perspectivas em Ciência da Informação, 14(1), 152-169. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-99362009000100011.
Strunk, W., & White, E. B. (1999). The elements of style, 4th ed. New York: Longman.
Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). (2015). Relatório de ciência da Unesco: Rumo a 2030 – visão geral e cenário brasileiro. Paris: Unesco, 60 p. Recuperado de http://unesdoc.unesco.org/images/0023/002354/235407por.pdf
Volpato, G. L. (2007). Bases teóricas para redação científica... por que seu artigo foi negado? São Paulo: Cultura Acadêmica.
Volpato, G. L. (2011). Método lógico para redação científica. Botucatu-SP: Best Writing.
Wikipedia contributors (2021, January 31). Flesch–Kincaid readability tests. In Wikipedia, The Free Encyclopedia. Recuperado de https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Flesch%E2%80%93Kincaid_readability_tests&oldid=1004021607.
Wikipedia contributors. (2018, January 21). Readability. In Wikipedia, The Free Encyclopedia. Recuperado de https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Readability&oldid=821584226.
Wu, J. (2011). Improving the writing of research papers: IMRAD and beyond. Landscape Ecology, 26(10), 1345–1349. doi: https://doi.org/10.1007/s10980-011-9674-3.
Zinsser, W. (2001). On writing well: The classic guide to writing nonfiction, 25th anniv. ed. New York: Harper Resource.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La revista AtoZ es una revista científica de acceso abierto y los derechos de autor de artículos y entrevistas pertenecen a sus respectivos autores/encuestados. Los autores otorgan a la AtoZ el direito de incluir el material publicado (revisado por pares/pos-print) en em sistemas/herramientas de indización, agregadores o curadores.
Los autores tienen permiso y se les anima a depositar sus artículos en sus páginas personales, depósitos y/o portales institucionales anteriormente (pre-print) y posteriormente (post-print) a la publicación en esa Revista. Se pide, si possible, que se apunte la referencia bibliográfica del artículo (incluyendose la URL) en base a la AtoZ.
La AtoZ es sello verde por Diadorim/IBICT.
Todo el contenido de la revista (incluyendo las instrucciones, modelos y política editorial) a menos que se indique otra cosa, están bajo una Licencia de Atribución de Bienes Comunes Creativos (CC) 4.0 Internacional.
Cuando los artículos son publicados por esta revista, se pueden compartir (copiar y redistribuir el material en cualquier soporte o formato para cualquier propósito, incluso comercial) y adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material para cualquier propósito, incluso si es comercial). Debe dar el crédito correspondiente, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se realizaron cambios.
La AtoZ no cobra cualquier tasas por la sumisión y/o procesamiento y/o la publicación de artículos.
























