Pandemia e infodemia nas mídias: análise da desordem informacional no Twitter
DOI:
https://doi.org/10.5380/atoz.v9i2.76506Keywords:
COVID-19, Infodemia, Desordem informacional, Fake news, TwitterAbstract
Introdução: Este artigo analisa como se desenvolve a infodemia nas mídias sociais, com enfoque no Twitter. Método: Por meio de estudo exploratório, realiza-se pesquisa bibliográfica conceitual para a compreensão de como se dá a infodemia. Parte-se, então, para análise de estudos acerca da infodemia concomitante à pandemia de COVID-19 no âmbito do Twitter, tanto em perspectiva geral quanto voltados para o Brasil. Resultados: Observa-se que não há conceito definitivo de fake news na literatura da área, embora haja elementos em comum. Nota-se que o conceito de fake news se insere nos tipos de informação que compõem a desordem informacional. Há estudos que verificam que o espalhamento de informações falsas no Twitter se dá de forma muito rápida, enquanto outros concluem que isso não há diferença no espalhamento de informações verdadeiras e falsas. Independentemente disso, observa-se um grande número de postagens sobre a pandemia feitas no Twitter. No cenário brasileiro, os estudos analisados apresentam divergências, mas há a constatação de que o Brasil passa pelo fenômeno da infodemia. Conclusão: A infodemia é um fenômeno perceptível no Brasil e no mundo e não deriva apenas de notícias falsas, mas sim de todo tipo de informação. As mídias sociais, inclusive o Twitter, são plataformas propícias para a circulação rápida de informações. É importante o desenvolvimento de mais pesquisas nacionais, desenvolvidas em consonância com os acontecimentos locais, para a consolidação de uma análise da infodemia no Brasil que capte as peculiaridades do cenário brasileiro.
References
Allcott, H., & Gentzkow, M. (2017). Social Media and Fake News in the 2016 Election. Journal of Economic Perspectives, 31 (2), 21-36. doi: 10.1257/jep.31.2.211
Ball, P., & Maxmen, A. The epic battle against coronavirus misinformation and conspiracy theories. Nature, 581(7809), 371-374. doi: 10.1038/d41586-020-01452-z
Bridgman, A.; Merkley, E.; Loewen, PJ; Owen, T; Ruths, D.; Teichmann, L.; & Zhilin, O. (2020). The causes and consequences of COVID-19 misperceptions: understanding the role of news and social media. The Harvard Kennedy School (HKS) Misinformation Review. doi: doi.org/10.37016/mr-2020-028
Briggs, A. & Burke, P. (2006). Uma história social da mídia. Rio de Janeiro: Zahar.
Burroughs, W. (1994). A revolução eletrônica. Lisboa: Vega.
Cardoso, I. A. (2019). Propagação e influência de pós-verdade e fake news na opinião pública. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, Brasil. Retirado de: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-11112019-174743/pt-br.php
Castaldi, S., Maffeo, M., Rivieccio, B. A., Zignani, M., Manzi, G., Nicolussi, F., Salini, S., Micheletti, A., Gaito, S., & Biganzoli, E. (2020). Monitoring emergency calls and social networks for COVID-19 surveillance. To learn for the future: The outbreak experience of the Lombardia region in Italy. Acta Bio Medica Atenei Parmensis, 91(9-S), 29-33. doi: 10.23750/abm.v91i9-S.10038
Castells, M. (1999). A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra.
Cinelli, M., Quattrociocchi, W., Galeazzi, A., Valensise, C. M., Brugnoli, E., Schmidt, A. L., Zola, P., Zollo, F. & Scala, A. (2020). The covid-19 social media infodemic. Preprint. Retirado de arXiv:2003.05004
Coelho, M. C. S. (2018). O surgimento de um novo paradoxo informacional a partir do uso da interação em rede: interação e convivência social entre os sujeitos conectados. Monografia de Especialização. Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil. Retirado de: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B5NKCQ
De Domenico, M., Gallotti, R., Sacco, P., Castaldo, N., & Valle, F. COVID19 Infodemics Observatory. (2020). doi: 10.17605/OSF.IO/N6UPX
Dourado, T. M. S. G. (2020). Fake news na eleição presidencial de 2018 no Brasil. Tese de Doutorado, Universidade Federal da Bahia, Brasil. Retirado de: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31967
Gabielkov, M., Ramachandran, A., Chaintreau, A., & Legout, A. (2016). Social Clicks: What and Who Gets Read on Twitter? ACM SIGMETRICS / IFIP Performance 2016. Retirado de https://hal.inria.fr/hal-01281190
Gil, A.C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas.
Habermas, J. (2014). Mudança estrutural da esfera pública. São Paulo: Unesp.
Han, B. C. (2018). No Enxame: perspectivas do digital. Petrópolis: Vozes.
Lancet Infectious Diseases. (2020). Editorial. Lancet. 20 (8) 875. doi: 10.1016/S1473-3099(20)30565-X
Larson, H. J. (2020). A call to arms: helping family, friends and communities navigate the COVID-19 infodemic. Nature Reviews Immunology, 20, 449-450 doi: 10.1038/s41577-020-0380-8
Lazer, D. M. J., Baum, M. A., Benkler, Y., Berinsky, A. J., Greenhill, K. M., Menczer, F., Metzger, M. J., Nyhan, B., Pennycook, G., Rothschild, D., Schudson, M., Sloman, S. A., Sunstein, C. R., Thorson, E. A., Watts, D. J., & Zittrain, J. L. (2018). The science of fake news. Science, 359 (6380), 1094-1096. doi: 10.1126/science.aao2998
Lévy, P. (1996). O que é o virtual. São Paulo: Editora 34.
Lima, C. R. M., Sánchez-Tarragó, N., Moraes, D., Grings, L., & Maia, M. R. (2020). Emergência de saúde pública global por pandemia de Covid-19: desinformação, assimetria de informações e validação discursiva. Folha de Rosto, 6(2), 5-21. doi: 10.46902/2020n2p5-21
Marchiori, P. Z. (2002). A ciência e a gestão da informação: compatibilidades no espaço profissional. Ciência da Informação, 31 (2), 72-79. Retirado de http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/962
McQuail, D. (2003). Teoria da Comunicação de Massas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Michaelis. (2020, setembro). Vírus. Dicionário Michaelis. Retirado de http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=v%C3%ADrus
Newman, N., Fletcher, R. Kalogeropoulos, A., & Nielsen, R. K. (2019). Reuters Institute Digital News Report 2019. Retirado de http://www.digitalnewsreport.org/survey/2019/
Okano, E. Y. (2020). Análise e caracterização de textos intencionalmente enganosos escritos em português usando métodos de processamento de textos. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, Brasil. Retirado de: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59143/tde-29062020-171001/pt-br.php
Organização Pan-Americana da Saúde. (2020). Entenda a infodemia e a desinformação na luta contra a COVID-19. Retirado de https://iris.paho.org/handle/10665.2/52054
Oxford Languages (2020, setembro). Word of the year 2016. Oxford University Press. Retirado de https://languages.oup.com/word-of-the-year/2016/
Persily, N. (2017). Can Democracy survive the Internet?. Journal of Democracy, 28(2), 63-76. doi: 10.1353/jod.2017.0025
Pool, I. S. (1983). Technologies of freedom. Cambridge: Harvard University Press.
Recuero, R., & Soares, F. (2020). O Discurso Desinformativo sobre a Cura do COVID-19 no Twitter: Estudo de caso. E-Compós. doi: 10.30962/ec.2127
Santos, A. (2008). Complexidade e transdisciplinaridade em educação: cinco princípios para resgatar o elo perdido. Revista Brasileira de Educação, 37 (13), 71-83. Retirado de https://www.scielo.br/pdf/rbedu/v13n37/07.pdf
Sintra, M. C. D. (2019). Fake News e a Desinformação: perspetivar comportamentos e estratégias informacionais. Dissertação de Mestrado, Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Retirado de: http://hdl.handle.net/10362/79564
Twitter (2020a, outubro). Como retweetar. Twitter. Retirado de https://help.twitter.com/pt/using-twitter/how-to-retweet
Twitter (2020, setembro). Sobre. Twitter. Retirado de https://about.twitter.com/pt.html
Twitter Comms [@TwitterComms]. (2020, setembro 24). More reading – people open articles 40% more often after seeing the prompt More informed Tweeting – people opening articles before RTing increased by 33% Some people didn’t end up RTing after opening the article – which is fine! Some Tweets are best left in drafts. [Tweet]. Retirado de em https://twitter.com/TwitterComms/status/1309178716988354561
Vosoughi, S., Roy, D., & Aral, S. (2018). The spread of true and false news online. Science, 359 (6380), 1146-1151. doi: 10.1126/science.aap9559
Wardle, C., Derakhshan, H. (2017). Information Disorder: Toward an interdisciplinary framework for research and policymaking. Strasbourg: Council of Europe. Retirado de: https://edoc.coe.int/en/media/7495-information-disorder-toward-an-interdisciplinary-framework-for-research-and-policy-making.html
Wardle, C., Derakhshan, H. (2018). Thinking about “information disorder”: formats of misinformation, disinformation, and mal-information. In C. Ireton & J. Posetti (Ed.). Journalism, “Fake News” & Disinformation: Handbook for Journalism Education and Training. Paris: United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. Retirado de https://en.unesco.org/sites/default/files/journalism_fake_news_disinformation_print_friendly_0.pdf
Zarocostas J. (2020). How to fight an infodemic. Lancet, 395(10225), 676. doi: 10.1016/S0140-6736(20)30461-X
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Atoz is a open access journal and the authors have permission and are encouraged to deposit their papers in personal web pages, institutional repositories or portals before (pre-print) or after (post-print) the publication at AtoZ. It is just asked, when and where possible, the mention, as a bibliographic reference (including the atributted URL), to the AtoZ Journal.
The authors license the AtoZ for the solely purpose of disseminate the published work (peer reviewed version/post-print) in aggregation, curation and indexing systems.
The AtoZ is a Diadorim/IBICT green academic journal.
All the journal content (including instructions, editorial policies and templates) - except where otherwise indicated - is under a Creative Commons Attribution 4.0 International, since October 2020.
When published by this journal, articles are free to share (copy and redistribute the material in any support or format for any purpose, even commercial) and adapt (remix, transform, and create from the material for any purpose , even if commercial). You must give appropriate credit , provide a link to the license, and indicate if changes were made
AtoZ does not apply any charges regarding manuscripts submission/processing and papers publication.
























