A propriedade Intelectual gerada pelas startups da região Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5380/atoz.v13i0.90018Palavras-chave:
Startup, Proteção, InovaçãoResumo
Introdução: As startups surgem como uma forma de inovação ao empreendedorismo, proporcionando a criação de novos produtos, serviços e/ou processos. Nesse contexto, a propriedade intelectual se faz importante para a proteção dos ativos gerados por essas empresas. O objetivo deste estudo foi compreender, por meio de indicadores, o perfil socioeconômico e a utilização dos pedidos de registros de marcas, desenhos industriais e programas de computador, bem como de concessão de patentes, pelas startups da região Nordeste do Brasil. Método: Lançou-se mão de uma pesquisa aplicada, descritiva e com abordagem qualitativa e quantitativa, bem como documental, quanto ao método. O universo da pesquisa foram as startups nordestinas, tendo como amostra aquelas cadastradas na Startupbase, sendo feito uso da estatística descritiva para realizar o tratamento dos dados coletados. Resultados: Foram encontradas na região Nordeste 1.343 startups, o que representa 10,27% da estatística nacional. Destas, 33% das empresas possuíam processos de registro de marca, 1,8% depositaram patentes, 0,7% requisitaram o registro de desenhos industriais e 3,2% de programas de computador. Averiguou-se a predominância da atuação destas empresas no setor de serviços, com foco na área educacional, bem como um maior número de constituições no ano de 2018. Conclusão: No Nordeste brasileiro, evidenciou-se um baixo desenvolvimento de produtos tecnológicos, face aos baixos percentuais de depósitos de patentes, de pedidos de registro de software e a pouca quantidade de startups com atuação no setor industrial.
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