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EFICIÊNCIA NA DETECÇÃO DOS VÍRUS PLRV, PVX E PVY EM TECIDOS VEGETAIS DE GEMA APICAL DORMENTE MAIS ESTOLÃO, BROTOS E FOLHAS DA BATATA, PELO MÉTODO SOROLÓGICO ENZYME-LINKED IMMUNOSORBENT ASSAY-ELISA

Milton Vasconcelos GUEDES

Resumo


A propagação vegetativa da batata (Solanum tuberosum L.) é a causa da degenerescência de variedades uma vez que o tubérculo-semente utilizado no plantio pode perpetuar os vírus incidentes na planta-mãe. Daí a necessidade de renovação constante de estoques de batata-semente, bem como, de se obter técnicas eficientes de diagnóstico. Os objetivos gerais deste trabalho foram (1) comparar a eficiência na detecção dos vírus PLRV, PVX e PVY por meio do teste sorológico DAS-ELISA em tecidos vegetais de diferentes origens:- da gema apical + estolão, brotos e folhas, após quebra natural de dormência, das variedades Baraka, Contenda e Elvira; (2) verificar a confiabilidade da detecção de vírus em tecidos vegetais dormentes ou récem-brotados, visando reduzir o tempo de obtenção dos resultados em relação ao uso de folhas. Os objetivos específicos foram: avaliar a incidência dos diferentes vírus em amostras de campos de batata-consumo, na segunda geração de multiplicação; comparar os resultados obtidos com o equipamento de leitura de ELISA e os da leitura visual. A homogeneidade das variâncias dos tratamentos foi testada pelo teste de Bartlett e a comparação das médias dos tratamentos foi feita utilizando-se o teste de Tukey, ambos ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados foram analisados utilizando-se o programa estatístico MSTATC, versão 2.11. A incidência média das diferentes viroses nas amostras das variedades Baraka, Contenda e Elvira, foi maior para PVY e PLRV, e muito baixa para PVX. O PVY foi o vírus de maior incidência nas três variedades: 14,1% em Baraka, 10,9% em Elvira e 2,9% em Contenda. O PLRV ocorreu com incidência de 3,6% na variedade Elvira, 2,3% em Baraka e 0,7% em Contenda. O PVX foi detectado em níveis inferiores a 0,5% nas três variedades; a variedade Contenda foi a que apresentou os menores índices médios de incidência para os três vírus, quando comparados às demais variedades estudadas; o teste DAS-ELISA pode ser utilizado na detecção dos vírus PLRV e PVX, tanto em gema apical dormente + estolão, como em brotos ou folhas, após quebra natural de dormência nas variedades Baraka, Contenda e Elvira; a eficiência do teste DAS ELISA pode variar de acordo com a origem do tecido vegetal utilizado; o vírus PVY, não pode ser detectado com segurança na gema apical dormente + estolão, para as três variedades testadas. Tendo em vista os resultados apresentados pode-se concluir que a detecção das viroses em brotos foi mais eficiente para todas as variedades estudadas antecipando-se os resultados e proporcionando um ganho de no mínimo 30 dias.


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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rsa.v1i1.991