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CONTROLE QUÍMICO E BIOLÓGICO DE Monilinia fructicola (Wint) Honey E MONITORAMENTO DE INFECÇÕES LATENTES EM FRUTOS

Luciene Martins MOREIRA

Resumo


A podridão parda causada por Monilinia fructicola (Wint) Honey é responsável por danos econômicos apreciáveis em pessegueiro. A ocorrência da doença a campo, de forma severa, está condicionada à metodologia de controle adotada, aliada às fontes de inóculo existentes no pomar. Os principais objetivos deste trabalho foram avaliar a eficiência do controle químico e biológico do patógeno a campo e em pós-colheita, e monitorar a ocorrência de infecções latentes. Os experimentos foram realizados no período de maio a dezembro de 1997 e agosto a dezembro de 1998, no laboratório de Fitopatologia do Setor de Ciências Agrárias da UFPR, Curitiba e na fazenda Seiva no município da Lapa. No experimento de controle químico in vitro os ingredientes ativos testados foram iprodione, benomyl, captan, mancozeb, tiofanato metílico, thiram, vinclozolin, triforine, myclobutanil, procimidone, iminoctadine tris albesilate, imibenconazole, carbendazin, sendo selecionados para o controle a campo o iminoctadine, myclobutanil e iprodione. Os fungicidas selecionados mais os fosfitos de CaB e K foram aplicados em cinco pulverizações em pré-colheita. O experimento foi em blocos casualizados com seis tratamentos, quatro repetições e unidades experimentais de nove plantas. A eficiência dos produtos aplicados a campo foi monitorada pela incidência do patógeno em frutos colhidos da planta central de cada unidade experimental, num total de 50 frutos por parcela. Estes foram colocados em câmara fria (5º C) por seis dias, procedendo-se as avaliações ao retirá-los desta e aos três e cinco dias de estocagem no ambiente. O melhor controle foi pelo fungicida iminoctadine tris albesillate. Os microrganismos antagônicos utilizados foram isolados de frutos e ramos de pêssego e ameixa provenientes de pomares da Lapa. Testes in vitro possibilitaram a seleção dos melhores antagonistas para a realização de testes in vivo em pós-colheita. Este experimento constou de 20 tratamentos utilizando-se fungicidas, fosfitos de CaB e K e agentes biológicos, sendo três repetições. Os fungicidas iminoctadine e azoxystrobin e os isolados F1 e F2 (Trichothecium spp) foram eficientes no controle da podridão parda. A ocorrência de infecões latentes foi observada em frutos de diferentes cultivares de pêssego, tanto da área experimental como fora dela, e também em ameixas e nectarinas do pomar comercial. A metodologia constou da separação de frutos em dois lotes e imersão de um deles em solução de álcool 70%, hipoclorito 2%, paraquat 2%, e o outro em álcool 70% e hipoclorito 2%, permanecendo por dois minutos em cada solução. Em seguida foram postos em câmara úmida e avaliados pela incidência da doença.


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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rsa.v1i1.987