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ESTUDO DA Fasciola hepatica LINAEUS,1758 (Trematoda fasciolidae) NOS MUNICÍPIOS DE BOCAIUVA DO SUL E TUNAS DO PARANÁ, NO ESTADO DO PARANÁ, BRASIL

Valter da Silva QUEIROZ

Resumo


Em estudos realizado sobre Fasciola hepatica em 42 propriedades distribuídas nos municípios de Bocaiúva do Sul e Tunas do Paraná, no Estado do Paraná, Brasil, durante o período de novembro de 1998 a fevereiro de 1999 verificou-se o seguinte: Mediante levantamento da fauna de Molusca - Pulmonata efetuado nas referidas propriedades, da população de Molusca - Pulmonata identificada, 22 (52%) das propriedades apresentaram Lymnaea columella e 4 (9%) apresentaram Physa marmorata. Em busca realizada mediante dissecção dos moluscos encontrados, em nenhum deles foram observadas larvas de Fasciola hepatica. Através de exame parasitológico de fezes para a pesquisa de ovos realizado com amostragens dos rebanhos bovinos e ovinos das propriedades pesquisadas, identificou-se a infecção por F. hepatica em 4 (10%) das propriedades. Do total das propriedades, 2 (17%) dos rebanhos ovinos e 3 (8%) dos rebanhos bovinos estavam infectados. Em experimento laboratorial visando testar a susceptibilidade dos moluscos L. columella e P. marmorata à infecção por miracídios oriundos do local, somente a L. columella desenvolveu a infecção. Através de estudo do perfil epidemilógico da fasciolose bovina em propriedade situada na área urbana do município de Bocaiúva do Sul, encontrou-se L. columella e P. marmorata durante todo o período compreendido entre janeiro de 1995 e novembro de 1996, excetuado o mês de abril de 1996 quando encontrou-se apenas P. marmorata. O maior pico populacional das duas espécies foi encontrado em maio de 1996. Quando à presença de infecção natural por larvas de F. hepatica, foi verificada somente em L. columella, em março e abril de 1995. No período pesquisado, em 3 levantamentos realizados examinando os animais do rebanho individualmente através de pesquisa de ovos do parasita por exame parasitológico de fezes, foram obtidos os seguintes índices de infecção por F. hepatica: Mar./95: 9,09%, Ago./96: 40% e Nov./96%. Na área em estudo, observou-se que existe a Fasciola hepatica em forma autóctene e o hospedeiro intermediário é a Lymnaea columella, a qual está amplamente distribuída na área, constituindo risco como zoonose.


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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rsa.v1i1.1001