Composição florística do Parque Estadual do Cerrado de Jaguariaíva, Paraná, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5380/abpr.v35i0.6866Palavras-chave:
savana, cerrado, Paraná, fitogeografia, botânica, species compositionResumo
A vegetação da região nordeste do estado do Paraná, situada no
revés do escarpamento estrutural Furnas, compreende um mosaico composto por fragmentos de florestas, campos e cerrados. Essa impressionante diversidade fisionômica, deve-se a dois motivos principais. Em primeiro lugar a região abriga uma das áreas de transição entre cerrados do Brasil central e florestas estacionais semidecíduais do sudeste e sul do país. Em segundo lugar esta transição se verifica em pleno limite de ocorrência das espécies típicas dos campos sulinos. Esses fatores são acentuados pelo escarpamento estrutural furnas, cujo relevo promove variação ambiental formando fragmentos de vegetação peculiares nas maiores altitudes. De uma maneira geral as fisionomias dos campos rupestres e campos de altitude estão associadas aos solos rasos e jovens em áreas de altitudes, ao passo que em altitudes moderadas, nos solos mais antigos e profundos, ocorrem cerrados ou florestas. Essas formações estão condicionadas à fertilidade e regime de água dos solos e freqüência de incêndios (OLIVEIRA-FILHO et al., 1994; TANNUS & ASSIS, 2004). Devido aos processos de ocupação e exploração à vegetação foi substituída por monoculturas e os relíctos, em forma de remanescentes, esparsos são inúmeras vezes perturbados pelo fogo, pecuária ou pela retirada seletiva de madeira. O Parque Estadual do Cerrado constitui uma importante amostra da vegetação da região nordeste do estado, pois seus quatro tipos
fisionômicos principais (floresta, cerrado, campo e refúgio vegetacional rupestre) encontram-se bem preservados. Por este
motivo, o Parque abriga uma notável diversidade de espécies de
plantas em uma área relativamente pequena, o que atraiu a atenção de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (e. g., LAROCA & ALMEIDA, 1994) e de outras instituições, que têm realizado ali várias expedições científicas. A primeira descrição da vegetação do Parque foi realizada por UHLMANN et al. (1995 & 1997). Os autores classificaram a vegetação em três tipos fisionômicos, floresta estacional semidecídua, cerrado e campo.
O propósito do presente trabalho é de amostrar a vegetação e
descrever os diferentes tipos fisionômicos, dentro de uma abordagem interpretativa na qual as variações da vegetação são associadas às diversidades ambientais.
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