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EFEITOS DO ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL NA MATERNIDADE SOBRE O BEM-ESTAR DE CAMUNDONGOS CRIADOS EM BIOTÉRIO

Hisly Any Stiegelmeier Medeiros, Bernardo Graça Fatori Deguchi, Vanessa Carli Bones, Carla Forte Maiolino Molento

Abstract


Objetivou-se verificar os efeitos do enriquecimento ambiental (EA) sobre o bem-estar de camundongos em maternidade de um biotério. Para isso, camundongos Swiss da maternidade do biotério da Universidade Positivo foram separados ao acaso em dois grupos de seis fêmeas cada, sendo um grupo com enriquecimento (CE), constituído de papel para a confecção de ninho, e outro grupo sem enriquecimento (SE); duas fêmeas foram alocadas em cada caixa. Foram avaliados os comportamentos exploratório (EXP), agonístico (AGO), de autocuidado (CUI), interação com enriquecimento (IE), interação com filhotes (IF), interação entre mães (IM) e alimentação (ALI), comparados em geral e ao longo de nove dias de filmagens. Na comparação geral, o comportamento AGO foi menor no grupo CE (P = 0,047); no entanto, a mediana foi igual a 0% para ambos os grupos. Ao longo dos dias, houve diferença (P<0,05) nos comportamentos EXP, IF, e ALI em ambos os grupos, com a diminuição do tempo de EXP e aumento do tempo de IF e de ALI. Houve diferença (P<0,05) nas medianas de CUI e IM, indicando variação ao longo dos dias no grupo SE, e não houve diferença no CE (P>0,05), o que significa que em CE, CUI e IM ocorreram de forma mais contínua. Ainda no grupo CE, houve variação (P<0,05) de IE, evidenciando diminuição ao longo dos dias, passando de 29% no primeiro dia para 1% no último dia. O grupo CE apresentou maior variação na expressão de comportamento AGO (P<0,05), enquanto no SE não houve diferença (P>0,05), o que indica que AGO não variou ao longo dos dias. Conclui-se que o EA melhora o convívio entre os animais, diminuindo comportamentos agonísticos e favorecendo o comportamento natural de nidificação. Devido ao impacto positivo, mais estudos sobre as formas de EA para camundongos são relevantes.

Keywords


animais de laboratório; comportamento agonístico; confecção de ninho; interação entre mãe e filhote; roedores



DOI: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v20i2.38434