Interação mãe-filhote em macacos-aranha (Ateles paniscus)
DOI:
https://doi.org/10.5380/psi.v2i1.7648Palavras-chave:
desenvolvimento, filhote, macaco-aranha, macaco-do-Novo-Mundo, EtologiaResumo
As teorias sobre a relação mãe-filhote em primatas não-humanos atribuem à mãe um papel importante e decisivo no desenvolvimento do filhote. Aos poucos, com seu desenvolvimento motor e o aumento da curiosidade pelo ambiente e pelos outros membros do grupo, o filhote vai se afastando da mãe e aprendendo a sobreviver sozinho, embora continue demandando seus cuidados. Com isso, o investimento parental vai tornando-se progressivamente menos necessário, e a mãe redireciona sua energia para outras atividades. O conflito surge no momento em que mãe e filhote passam a ter interesses diferentes em relação ao cuidado que ela deve dedicar a ele. O presente trabalho tem o objetivo de analisar o processo de independência do filhote de macacos-aranha (AteIes paniscus), uma espécie de macaco-do-Novo Mundo pouco estudada. Foram observados quatro filhotes machos e quatro fêmeas, durante os dois primeiros anos de vida. As observações, totalizando 327 horas, foram feitas no Parque Zoológico de São Paulo. Constatou-se uma diminuição gradativa no contato mãe-filhote. A posição Em Contato passou de 100%-91% no primeiro semestre de vida para 50% ao final do primeiro ano. Este é um ritmo lento de desenvolvimento em comparação com macacos-do-Velho-Mundo. Macacos rhesus, por sua vez, atingem índices comparáveis no quinto mês de vida. A lentidão do desenvolvimento pode estar associada a espécies arbóreas e um rápido desenvolvimento infantil, a espécies terrestres. O perigo de quedas é grande e o filhote pode morrer se cair de uma altura de cinco metros ou mais.
Palavras-chave: desenvolvimento, filhote, macaco-aranha, macaco-do-Novo-Mundo, Etologia.
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