Práticas educativas parentais: um estudo comparativo da interação familiar de dois adolescentes distintos
DOI:
https://doi.org/10.5380/psi.v9i2.4782Palavras-chave:
interações familiares, práticas parentais, relação pais-filhosResumo
No presente estudo objetivou-se investigar e comparar, de forma qualitativa, as práticas parentais recebidas por dois adolescentes. Cada adolescente (de 16 e 17 anos, ambos do sexo masculino, provenientes do mesmo nível socioeducacional, foi selecionado de uma instituição diferente: um pertencia a uma ONG que patrocina os estudos particulares de alunos carentes com alto desempenho acadêmico e o outro estava detido provisoriamente à espera de julgamento por cometer ato infracional. Com autorização das instituições, foram realizadas entrevistas individuais, baseadas nas Escalas de Qualidade na Interação Familiar (Weber, Viezzer e Brandenburg, 2003). As categorias investigadas foram: relacionamento afetivo, reforçamento, envolvimento, regras e monitoria, comunicação, punição, auto-estima e envolvimento com pares desviantes. O relato do adolescente detido revelou pais com baixo envolvimento e demonstração de afeto; uso inadequado de reforçamento positivo, ausência de regras e monitoria, comunicação coercitiva, punições extremamente exageradas, além de envolvimento com pares desviantes. Já no relato do outro adolescente foi possível perceber pais com maior envolvimento e demonstração de amor, regras claras, uso adequado de reforçamento positivo, comunicação positiva, punições brandas e consistentes e o não-envolvimento do participante com pares desviantes. Pôde-se concluir que houve predominância de práticas parentais coercitivas na família do adolescente com comportamentos anti-sociais, e predominância de práticas parentais não-coercitivas na família do adolescente da ONG.
Palavras-chave: interações familiares; práticas parentais; relação pais-filhos.
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