Disfunção erétil e psicopatologia: um estudo clínico
DOI:
https://doi.org/10.5380/psi.v14i1.13841Palavras-chave:
disfunção erétil, psicopatologia, psicanáliseResumo
Objetivo: Estudar sob a perspectiva psicanalítica aspectos psicopatológicos de sujeitos com sintomas de disfunção erétil (DE) de etiologia psicogênica. Método: Avaliação e tratamento psicoterápico (com duração de 3 anos entre 1998-2001) de 25 homens com diagnóstico de disfunção erétil psicogênica acompanhados no Ambulatório de Psiquiatria da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Resultados: Dos 25 homens estudados, um apresentou ego-distonia com relação à sua preferência homossexual e um apresentou um quadro psiquiátrico diagnosticado como borderline e apresentando abuso de substâncias químicas. Os outros sujeitos apresentavam quadro de ansiedade (23), baixa autoestima (20) e depressão (23) com crescente dificuldade de relacionamentos interpessoais após a instalação dos sintomas. Para 23 dos 25 homens analisados, os medos associados ao fracasso sexual revelaram inseguranças com relação à própria masculinidade, apoiada psiquicamente no desempenho sexual e por intermédio da ereção. Conclusão: O sintoma de DE levanta a questão da masculinidade, afetando o ser masculino e confirmando a sensação subjetiva da “impotência” sexual. Tanto o sujeito masculino como o sintoma ficam implicados no fracasso erétil como “impotentes”. Foi observada uma estreita correlação entre sintomas sexuais e o seu duplo, a constituição da identidade masculina. Nenhuma tentativa foi feita para esgotar todas as possibilidades simbólicas de entender a psicopatologia da DE. O objetivo foi abrir um campo de diálogo e discussão sobre o pathos, como o sofrimento psíquico dos pacientes e sua expressão sintomática.
Palavras-chave: disfunção erétil; psicopatologia; psicanálise.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A aprovação dos artigos implica a aceitação imediata e sem ônus de que a revista Interação em Psicologia terá exclusividade na primeira publicação do artigo. Os autores continuarão, não obstante, a deter os direitos autorais para publicações posteriores. No caso de republicação dos artigos em outros veículos, exige-se a menção à primeira publicação na revista Interação em Psicologia. Os autores autorizam também que seus artigos sejam disponibilizados em todos os indexadores aos quais a revista está vinculada.
A Comissão Editorial não se responsabiliza pelos conceitos ou afirmações expressos nos trabalhos publicados, que são de inteira responsabilidade dos autores.
A revista Interação em Psicologia oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o entendimento de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização do conhecimento e tende a produzir maior impacto dos artigos publicados. Os artigos publicados na revista são disponibilizados segundo a Licença Creative Commons CC-BY-NC 4.0 (https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/). Segundo essa licença é permitido acessar, distribuir e reutilizar os artigos para fins não comerciais desde que citados os autores e a fonte. Ao submeter artigos à revista Interação em Psicologia, os autores concordam em tornar seus textos legalmente disponíveis segundo essa licença.