Narração e animalidade em “Meu tio o Iauaretê”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/vers.v12i23.99369

Palavras-chave:

Guimarães Rosa, Meu tio o Iauaretê, Animalidade

Resumo

O artigo analisa a animalidade enquanto elemento estruturador da narração no conto “Meu tio o Iauaretê”, de Guimarães Rosa. Considerou-se o animal como representação de um dado político de exclusão histórica, e a narração foi enquadrada no que chamamos, junto a Jaime Ginzburg, de narrador descentrado, correlato a uma narração fragmentária que encena tensões sociais e políticas. Conclui-se que os gestos narrativos do conto, confrontando animalidade e humanidade, dramatizam uma disposição corporal de caçada fundada na violência.

Biografia do Autor

Lucas Vinicius Vebber Cardenas, Universidade Federal do Paraná

Mestrando em estudos literários, Universidade Federal do Paraná (UFPR). Bolsista CAPES.

Referências

ANDERMANN, J. Tesis sobre la metamorfosis. Aletria: Revista de Estudos de Literatura v. 21, n. 3, p. 155-164, 2011.

GINZBURG, J. O narrador na literatura brasileira contemporânea. Tintas. Quaderni di letterature iberiche e iberoamericane, n. 2, p. 199-221, 2012.

GIORGI, G. Formas comuns: animalidade, literatura e biopolítica. Editora Rocco, 2016.

MACIEL, M. E. Paisagens zooliterárias. Animais na literatura brasileira moderna. Revista de Crítica Literaria Latinoamericana, 2014, Ano 40, n. 79, p. 265-276, 2014.

ROSA, J. G. Estas estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.

VIVEIROS DE CASTRO, E. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Ubu Editora, 2020

Publicado

07-05-2025

Como Citar

CARDENAS, Lucas Vinicius Vebber. Narração e animalidade em “Meu tio o Iauaretê”. Versalete, [S. l.], v. 12, n. 23, p. 22–36, 2025. DOI: 10.5380/vers.v12i23.99369. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/versalete/article/view/99369. Acesso em: 25 dez. 2025.

Edição

Seção

Estudos Literários