Política de abrigamento: perspectivas de mulheres sobre a Casa-Abrigo no Paraná
DOI:
https://doi.org/10.5380/rv.v0i45.73129Palavras-chave:
Violência contra a mulher. Violência de gênero. Política de Abrigamento. Casa-AbrigoResumo
Resumo: O artigo objetiva analisar o modo pelo qual mulheres abrigadas percebem as políticas públicas de proteção e como elas se relacionam com as normativas do serviço de abrigamento, no âmbito da Casa-Abrigo Edna Rodrigues de Souza de Maringá/PR. Para realizar esta investigação, busquei respaldo teórico na abordagem interacionista de Goffman (2002), em sua proposta de considerar as interações como se elas estivessem no espaço de um teatro imaginário. A partir dessa relação dialógica entre a teoria goffmiana e os relatos oferecidos por duas ex-abrigadas, argumento que, na visão dessas mulheres, embora reconheçam a relevância do serviço de abrigamento, apontam o caráter regulador neutralizante e o isolamento social inerentes a Casa, elementos que põe a mulher em condições análogas a prisioneiras. Além disso, a aparente concordância delas com os termos normativos da Casa, bem como, a relação cordial com os pares, denotam-se fachadas que lançam mão para se manterem aceitas no grupo.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
A Revista Vernáculo está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.