Museu Virtual do Turismo: o que podemos aprender com a experiência portuguesa?
DOI:
https://doi.org/10.5380/ts.v14i2.77452Palavras-chave:
Turismo, História do turismo, Memória, Museu virtualResumo
Este artigo aborda a experiência do MUVITUR - Museu Virtual do Turismo da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), como uma contribuição para o debate sobre a possibilidade de implementação de um museu dessa natureza no Brasil. O trabalho tem por objetivos apresentar a experiência portuguesa, destacar alguns acervos relevantes de instituições brasileiras que podem ajudar a compor um futuro Museu Virtual do Turismo no país e estimular os pares acadêmicos e possíveis parceiros institucionais para o debate e construção de um museu virtual do turismo no Brasil. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, centrada na descrição e análise do MUVITUR da ESHTE e de iniciativas brasileiras de preservação e divulgação da memória do turismo. O referencial teórico concentrou-se na discussão dos museus no espaço virtual, suas vantagens e sua complexidade, utilizando-se autores como Schweibenz (2004), Muchacho (2005) e Navarrete (2019). Como resultado, foi apurada a relevância do Museu Virtual do Turismo para o registro e preservação da memória pública e privada do turismo e de suas práticas individuais e coletivas ao longo do tempo, para a produção da pesquisa acadêmica e como experiência de lazer e conhecimento para a sociedade. Constatou-se também que a memória brasileira do turismo é pouco acessada e que o país possui potencial e acervo para a criação da sua própria experiência, atendendo tanto os pesquisadores como também todo o conjunto da sociedade, na medida em que lhe oferece experiências de lazer e de conhecimento pelas lentes do turismo.