Formas da intuição e intuições formais em Kant

Auteurs

  • Danillo Ferreira Leite Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brasil)

DOI :

https://doi.org/10.5380/sk.v17i2.89934

Mots-clés :

Kant, intuição, forma, imaginação, síntese, (não) intelectualismo

Résumé

Este artigo trata do debate envolvendo a distinção feita por Kant, na controversa nota do §26 da Crítica da Razão Pura, entre formas da intuição e intuições formais, da qual resulta um duplo modo de se representar o espaço e o tempo. Será defendida aqui uma visão não intelectualista da atividade produtiva da imaginação transcendental: tomando como base a referida distinção, nosso principal objetivo é mostrar como esta síntese produz nossas representações objetivas do tempo e do espaço de um modo condizente com a independência entre entendimento e sensibilidade, não sendo a totalidade desta um simples produto daquele. As intuições formais do §26 caracterizam o espaço e o tempo enquanto intuições potencialmente infinitas. Isso nos permitirá divisar um limite preciso entre a espontaneidade do entendimento e receptividade das nossas intuições, o que eu compreendo aqui por não intelectualismo.

Biographie de l'auteur

Danillo Ferreira Leite, Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brasil)

Possui bacharelado (2010) e licenciatura (2011) em filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestrado (2012) e doutorado (2017) em filosofia pelo Programa
de Pós-Graduação Lógica e Metafísica da mesma universidade, tendo realizado período de estágio-sanduíche na Université de Nantes (2013-2014). Realizou estágio de
pesquisa pós-doutoral junto ao PPGLM/UFRJ (2017) com bolsa CAPES/PROCAD.

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Publiée

2023-06-08

Comment citer

Leite, D. F. (2023). Formas da intuição e intuições formais em Kant. Studia Kantiana, 17(2), 101–126. https://doi.org/10.5380/sk.v17i2.89934

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