"Sobre como lidar com o sexismo e o racismo de Kant" de Pauline Kleingeld
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v20i3.91342Palavras-chave:
Kant, Sexismo, Racismo, Igualdade, Linguagem InclusivaResumo
O artigo fornece inicialmente uma breve descrição da visão de Kant sobre as hierarquias sexuais e raciais e da maneira como elas se intersectam. Em seguida, passa para a questão de saber se devemos ‘remover e deixar de lado’ o sexismo e racismo de Kant ou ‘traduzir’ seus princípios igualitários em princípios não-igualitários e defende uma terceira posição. Finalmente, argumenta que o uso de linguagem inclusiva e pronomes femininos, nas discussões da filosofia moral e política de Kant, acarreta riscos significativos. Conclui propondo condições prévias a fim de usar proveitosamente os princípios de Kant para criticar o sexismo e o racismo.
Referências
ALCOFF, M.M. Visible Identities: Race, Gender and the Self. Oxford: Oxford University Press, 2006.
ALLAIS, L. Kant’s Racism, Philosophical Papers, vol. 45, 1–36, 2016.
BASEVICH, E. Reckoning with Kant on Race. Philosophical Forum, vol. 51, 221-245, 2020.
BERNASCONI, R. Who Invented the Concept of Race? Kant’s Role in the Enlightenment Construction of Race. In Bernasconi, R. (ed.) Race, Oxford: Blackwell, 2001, p. 11-36.
COLLINS, P. H. Black Feminist Thought: Knowledge, Consciousness and the Politics of Empowerment. New York: Routledge, 2000.
COLLINS, P. H., BILGE, S. (eds.) Intersectionality. Cambridge: Polity Press, 2016.
CRENSHAW, K. Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist Politics, University of Chicago Legal Forum, 1, 1989, 139–168.
DAVIS, A. Women, Race, and Class. London: The Women’s Press, 1982.
EZE, E. C. The Color of Reason: The Idea of ‘Race’ in Kant’s Anthropology. In Faull, K. Anthropology and the German Enlightenment. Lewisburg: Bucknell University Press, 1994, p. 200-241.
HAY, C. Kantianism, Liberalism, and Feminism: Resisting Oppression. New York: Palgrave Macmillan, 2013.
HOOKS, B. Feminist Theory: From Margin to Center. Cambridge: South End, 1984.
KANT, I. À paz perpétua. Trad. e notas de Bruno Cunha, Petrópolis, RJ: Vozes, 2020.
KANT, I. Observações sobre o sentimento do belo e do sublime; Ensaio sobre as doenças mentais / Immanuel Kant; tradução e estudo de Vinicius de Figueiredo. São Paulo: Editora Clandestina, 2018.
KANT, I. Metafísica dos Costumes. Trad. [Primeira Parte] Clélia Aparecida Martins, Trad. [Segunda Parte] Bruno Nadai, Diego Kosbiau e Monique Hulshof. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2013.
KANT, I. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Trad. Clélia Aparecida Martins, São Paulo: Editora Iluminuras, 2006.
KLEINGELD, P. Kant’s Second Thoughts on Colonialism. In Flikschuh, K. and Ypi, L. (eds.) Kant and Colonialism: Historical and Critical Perspectives, Oxford: Oxford University Press, 2014, p. 43–67.
KLEINGELD, P. Kant’s Second Thoughts on Race, The Philosophical Quarterly, Vol. 57, 2007, p. 573–592.
KLEINGELD, P. The Problematic Status of Gender-Neutral Language in the History of Philosophy: The Case of Kant, The Philosophical Forum, Vol. 25, 1993, p. 134–150.
MCCABE, D. Kant Was a Racist: Now What?, APA Newsletter on Teaching Philosophy, Vol. 18, 2019, p. 2–9.
MIKKOLA, M. Kant on Moral Agency and Women’s Nature, Kantian Review, Vol. 16, 2011, 89–111.
MILLS, C. Kant’s Untermenschen. In Valls, A. Race and Racism in Modern Philosophy. Ithaca: Cornell University Press, 2005, p.169–193.
MILLS, C. Black Radical Kantianism, SGIR Review, Vol. 2, n°. 2, 2019, p. 23–64.
NIESEN, P. Restorative Justice in International and Cosmopolitan Law. Flikschuh, K. and Ypi, L. (eds.) Kant and Colonialism: Historical and Critical Perspectives, Oxford: Oxford University Press, 2014, p. 170-196.
RORTY, R. Feminism and Pragmatism. The Tanner Lectures on Human Values, Delivered at the University of Michigan, December 7, 1990.
VARDEN, H. Kant and Women, Pacific Philosophical Quarterly, Vol. 98, 2017, 653–694.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores mantém os direitos de republicação, sob condição de indicação de primeira publicação na Studia Kantiana.
Autores cedem o direito aos editores de vincular seus artigos em futuras bases de dados.
A Studia Kantiana utiliza a licença Creative Commons: Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International (CC BY-NC-ND 4.0)
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Não Comercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
Sem Derivações — Se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.