Transcendental, vida e indeterminação – a propósito da Crítica da faculdade de julgar e da Naturphilosophie de Schelling
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v20i1.90913Palavras-chave:
Kant, Schelling, filosofia transcendental, juízo reflexionante, NaturphilosophieResumo
Ao discutir a presença da terceira Crítica na obra inicial de Schelling, o artigo pretende mostrar como a vida e o ser organizado, tal como pensados por Kant nos marcos conceituais da faculdade de julgar reflexionante, se revelam ao jovem Schelling como um problema, cuja solução o conduzirá progressivamente à formulação de uma Naturphilosophie e ao abandono da filosofia transcendental. A vida e, a fortiori, a natureza terão de se constituir como uma atividade anterior e mesmo fundante da autoconsciência transcendental, deixando esta de ser o sujeito do saber para se tornar seu objeto. Ao final, o artigo procura traçar algumas consequências especulativas e práticas dessa nova concepção de razão, de ser e de filosofia.
Referências
FICHTE, J. G. Gesamtausgabe der Bayerischen Akademie der Wissenschaften. Stuttgart: frommannholzboog, 2000, org. Reinhard Lauth, 42 vols.
FICHTE, J. G. A doutrina da ciência de 1794 e outros escritos. São Paulo: Abril Cultural, 1984, trad. Rubens Rodrigues Torres Filho.
GARCIA, L. F. “Introdução histórico-sistemática”. In: SCHELLING, F. Exposição do meu sistema da filosofia. Tradução de Luís Fellipe Garcia. São Paulo, Clandestina, 2020.
GONÇALVES, M. C. “Criação, construção e produção na filosofia da natureza de Schelling”. Dois Pontos, vol. 12, nº 02, pp. 13-26.
HEGEL, G. W. F. Differenz des Fichteschen und Schellingschen Systems der Philosophie. In: Hauptwerke in sechs Bänden. Hamburg: Felix Meiner, 2015.
HEGEL, G. W. F. Diferença dos sistemas filosóficos de Fichte e Schelling. Lisboa: Casa da Moeda, 2003.
HÜHN, L. Fichte und Schelling oder: Über die Grenze menschlichen Wissens. Stuttgart: Metzler, 1992.
KANT, I. Gesammelte Schriften. Ed. da Königlich Preussische Akademie der Wissenschaften. Berlin: Reimer, 1902 em diante.
KANT, I. Crítica da razão pura. Tradução de Fernando Costa Mattos. Petrópolis: Vozes, 2012.
KANT, I. Crítica da faculdade de julgar. Tradução de Fernando Costa Mattos. Petrópolis: Vozes, 2016.
NASSAR, D. The Romantic Absolute. Chicago/London: The University of Chicago Press, 2014.
NASSAR, D. “From a philosophy of Self to a philosophy of Nature: Goethe and the development of Schelling’s Naturphilosophie”. Archiv für Geschichte der Philosophie, vol. 92, pp. 304-321, 2010.
OSTARIC, L. “The concept of life in early Schelling”. In: OSTARIC, L. (org.) Interpreting Schelling. Critical Essays. Cambridge: Cambridge University Press, 2014.
OSTARIC, L. “Creating the Absolute: Kant’s Conception of Genial Creation in Schlegel, Novalis and Schelling”. In: Kant Yearbook: Kant and German Idealism, vol. 8, pp. 63-85, 2016.
SCHELLING, F. Historisch-kritische Ausgabe. Stuttgart: frommann-holzboog, 1976, org. Wilhelm Jacobs (citada como HKA).
SCHELLING, F. Schellings Werke. Munique: Becksche, 1965, org. Manfred Schröter (citada como SW).
SCHELLING, F. Exposição do meu sistema da filosofia. Tradução de Luís Fellipe Garcia. São Paulo, Clandestina, 2020.
TORRES FILHO, R. R. O espírito e a Letra. São Paulo: Ática, 1975.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Francisco Prata Gaspar

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores retêm os direitos autorais (copyright) de suas obras e concedem à revista Studia Kantiana o direito de primeira publicação.
Autores cedem o direito aos editores de vincular seus artigos em futuras bases de dados.
Todo o conteúdo desta revista está licenciado sob a Licença Internacional Creative Commons 4.0 (CC BY 4.0)

