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Arqueologia da Natureza (Crítica da faculdade de julgarde julgar, capítulo 80)

Pedro Paulo Pimenta

Resumo


O objetivo do artigo é investigar, a partir de análise textual, em que medida a teoria kantiana da continuidade das formas naturais, no capítulo 80 da terceira Crítica – proposta a título de hipótese, mas não de doutrina – tem ou papel no desenvolvimento das teorias do desenvolvimento orgânico que culminam com a seleção natural de Darwin. Não se trata de reclamar para Kant um lugar de destaque na história do pensamento biológico, mas de mostrar as afinidades conceituais que ligam certas de suas especulações à ideia de uma morfologia dos seres vivos pautada por uma lei natural necessária do seu aprimoramento.

Palavras-chave


Arqueologia; História; Organização; Forma; Biologia

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/sk.v20i1.90910

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