Pensar por si mesmo e uso público da razão “Kant e a Universidade nos limites da razão
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v18i2.90173Palavras-chave:
Selbstdenken, ensino, uso público da razão, universidadeResumo
Este texto tem por objetivo revisitar a relação entre as reflexõees de Kant sobre o ensino da filosofia e a centralidade da liberdade plena no exercício da pesquisa. A primeira parte indica a maneira como Kant concebe o ensino como guia, como atividade e exercício que conduzem o aluno e, principalmente, o estudante universitário a pensarem por si mesmos. Também se procura seguir o caminho da noção de pensar por si mesmo desde os primeiros escritos dos anos 1760 até que se torne uma das máximas do entendimento comum. A segunda parte recupera a concepção kantiana de esfera pública, partindo da Crítica da razão pura até os textos da década de 1790, e conclui com a concepção de universidade cosmopolita centrada na Faculdade de Filosofia.
Referências
ARENDT, H. “Verdade e política” [1968]. In: Entre o passado e o futuro. Tradução: Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 1972.
ARENDT, H. Lições sobre a filosofia política de Kant. Tradução: André Duarte Macedo. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1993.
CLARKE, M. “Kant’s Rhetoric of Enlightenment”. In: The Review of Politics, vol. 59, no.1, 1997.
HABERMAS, J. Mudança estrutural da esfera pública [1962]. Tradução: Denilson Werle. São Paulo: Unesp, 2011.
HERDER, J. G. Briefe zur Beförderung der Humanität [1793-97]. 2. ed. Berliner Ausgabe, 2013.
HÖLSCHER, L. “Öffentlichkeit”. In: Geschichtliche Grundbegriff. Band 4. Org. Otto Brunner, Werner Conze, e Reinhardt Koselleck. Stuttgart: Klett-Cotta, 1978.
HUMBOLDT, W. “Unmaßgeblich Gedanken über den Plan zur Eirichtung des Litauischen Stadtschulwesens” [1809]. In: Werke IV – Schriften zur Politik und zum Bildungswesen. Darmstadt: WBG, 2010
KANT, I. Gesammelte Schriften: herausgegeben von der Deutschen Akademie der Wissenschaften. 29 vols. Berlin: Walter de Gruyter, 1900-
KANT, I. “Investigação sobre a evidência dos princípios da teologia natural e da moral” [1764]. Tradução: Luciano Codato. In: Escritos pré-críticos. São Paulo: Unesp, 2005.
KANT, I. “Notícia do Prof. Immanuel Kant sobre a organização de suas preleções no semestre de inverno de 1765-1766”. In: Lógica. Tradução: Guido de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1992.
KANT, I. “Carta a Marcus Herz” [1772]. Tradução: Antonio Marques. In: Dissertação de 1770 Seguida de Carta a Marcus Herz. Lisboa: Imprensa Nacional, 1985.
KANT, I. Crítica da razão pura [1781/1787]. Tradução: Fernando Costa Matos. Petrópolis: Vozes, 2012.
KANT, I. “Resposta à pergunta: o que é esclarecimento?” [1784]. In: Textos Seletos. Tradução: Floriano de Souza Fernandes. Petrópolis: Vozes, 1974.
KANT, I. “O que significa orientar-se no pensamento?” [1786]. In: Textos seletos. Tradução: Floriano de Souza Fernandes. Petrópolis: Vozes, 1974.
KANT, I. Crítica da faculdade de julgar [1790]. Tradução: Fernando C. Mattos. Petrópolis: Vozes, 2016.
KANT, I. À Paz perpétua [1795]. Tradução: Marco Zingano. Porto Alegre: L&PM, 2008.
KANT, I. Antropologia de um ponto de vista pragmático [1798]. Tradução: Clélia Martins, Márcio Suzuki (revisão) e Vinicius de Figueiredo (revisão). São Paulo, Iluminuras, 2002.
KANT, I. Lógica [1800]. Tradução: Guido de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1992.
KANT, I. Sobre Pedagogia [1803]. Tradução: Francisco Cock Fontanella. 2. ed. Piracicaba:
UNIMEP, 1999.
KÜHN, M. Kant: Eine Biographie. Munique: C.H. Beck, 2003.
LAURSEN, J. C. “The subversive Kant: The vocabulary of ‘Public’ and ‘Publicity’”. In: Political Theory, vol. 14, no. 4, 1986.
MERRIT, M. Kant on Reflection and Virtue. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2018.
MÜLLEJANS, H. Publicus und Privatus im Römischen Recht und im Älteren Kanonisch Recht unter besonderer Berücksichtigung der Unterscheidung Ius publicum und Ius privatum. Munique: Hüber, 1961.
NOUR, S. À Paz Perpétua de Kant. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
O’NEILL, O. Constructions of Reason: Explorations of Kant’s Practical Philosophy. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1989
PETRONE, G. L. “Il filosofo è soltanto un'idea”, in: Kant, Immanuel. Enciclopedia filosofica. Milano, Bompiani, 2003, p. 5-61.
READINGS, B. The University in Ruins. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1996.
SANTOS, L. R. R. O cultivo das faculdades humanas nas Preleções de Kant sobre antropologia. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, 2016.
TERRA, R. “Humboldt e a formação do modelo de universidade de pesquisa alemã”. In: Cadernos de Filosofia Alemã, vol. 24, no. 1.
TREVISAN, D. K. Der Gerichtshof der Vernunft. Eine historische und systematische
Untersuchung über die juridischen Metaphern der Kritik der reinen Vernunft.
Würzburg: Königshausen & Neumann, 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ricardo Ribeiro Terra

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantém os direitos de republicação, sob condição de indicação de primeira publicação na Studia Kantiana.
Autores cedem o direito aos editores de vincular seus artigos em futuras bases de dados.
Todo o conteúdo desta revista está licenciado sob a Licença Internacional Creative Commons 4.0 (CC BY 4.0)