Um elemento a mais: A influência das ideias estéticas na doutrina do gosto

Autores

  • Ana Carolina de Carvalho Belmani Universidade Federal de São Carlos (São Carlos, Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.5380/sk.v17i3.89962

Palavras-chave:

Juízo de gosto, Imaginação, Ideias estéticas, Forma

Resumo

Este artigo pretende mostrar em que medida a admissão da razão em juízos sobre o belo é oportuna para a coesão na doutrina do gosto. Partimos da hipótese de que certas inconsistências conceituais da Analítica do belo, que circundam a definição de forma bela, podem ser resolvidas na Analítica do sublime, onde os juízos estéticos são pensados sob a influência da razão e das ideias estéticas. Iniciaremos nossa exposição com uma breve apresentação da doutrina do gosto kantiana, o que deverá incluir a análise dos principais aspectos do juízo estético reflexionante. A partir daí, poderemos discutir alguns impasses interpretativos relativos ao conceito de forma introduzido no terceiro momento da Analítica do belo. Em seguida, procuraremos mostrar como a análise da relação entre a imaginação e ideias estéticas pode lançar luz sob as dificuldades supracitadas, sem que o desinteresse do juízo de gosto puro seja comprometido.

 

Biografia do Autor

Ana Carolina de Carvalho Belmani, Universidade Federal de São Carlos (São Carlos, Brasil)

Mestre em Filosofia pela UFMG; Doutoranda na UFSCAR, departamento de Filosofia, área: Filosofia Moderna

 

Referências

ALLISON, H. E. Kant’s Theory of Taste: A Reading of the Critique of Aesthetic Judgment. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.

CECCHINATO, G. “Form and Colour in Kant’s and Fichte’s Theory of Beauty”. In: BREAZEALE, D. and ROCKMORE, T. (orgs.). Fichte, German Idealism, and Early Romanticism. Amsterdam, New York, NY: Rodopi, 2010, pp. 65 - 81.

FIGUEIREDO, V. “Kant e a mímese”. Studia Kantiana, São Paulo, 3(1): 195 - 230, 2001.

FIGUEIRADO, V. “Os três espectros de Kant”. O que nos faz pensar, Rio de Janeiro, nº 18, set. 2004.

FREITAS, V. “A subjetividade Estética em Kant: da apreciação da beleza ao gênio artístico”. Veritas (Porto Alegre), Porto Alegre, v. 48, n.2, pp. 253 - 276, 2003.

GASCHÉ, R. The idea of form. Rethinking Kant’s aesthetics. Stanford: Stanford University Press, 2003.

GUYER, P. “Formalism and the theory of expression. In Kant’s aesthetics”. In: Kant -Studien, 68. Jahrgang, Berlin: Walter de Gruyeter & Co., (1977), pp. 46-70.

KANT, I. Gesammelte Schriften. Akademie der Wissenschaften. Berlin: G. Reimer (W. de Gruyter), 1902 ss.

KANT, I. Crítica da faculdade de julgar. Trad. Fernando Costa Matos. Petrópolis: Vozes;

KANT, I. Crítica da razão pura. Trad. Fernando Costa Matos. Petrópolis: Vozes; 2015.

KANT, I. Kant and the Claims of Taste. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.

GONÇALVES, R. G. C. Kant, Greenberg e a questão do formalismo na Arte. Salvador: EDUFBA, 2016.

REGO, C. R. “Reflexão e fundamento: sobre a relação entre gosto e conhecimento na estética de Kant”. Kriterion, Belo Horizonte, n 112, pp. 214 - 228, 2005.

SILVA. H. L. “A imaginação na crítica kantiana dos juízos estéticos”. Arte e filosofia, Ouro Preto, n 1, pp. 45 - 55, 2006.

SILVA, H. L. “O jogo livre da Imaginação é compatível com a dedução kantiana das categorias?”. Studia Kantiana (Rio de Janeiro), v. 18, pp. 182 - 205, 2015.

ZAMMITO, J. H. The Genesis of Kant’s Critique of Judgment. Chicago/London: The University of Chicago Press, 1992.

Downloads

Publicado

2023-06-08

Como Citar

Belmani, A. C. de C. (2023). Um elemento a mais: A influência das ideias estéticas na doutrina do gosto. Studia Kantiana, 17(3), 71–89. https://doi.org/10.5380/sk.v17i3.89962

Edição

Seção

Artigos