Um elemento a mais: A influência das ideias estéticas na doutrina do gosto
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v17i3.89962Palavras-chave:
Juízo de gosto, Imaginação, Ideias estéticas, FormaResumo
Este artigo pretende mostrar em que medida a admissão da razão em juízos sobre o belo é oportuna para a coesão na doutrina do gosto. Partimos da hipótese de que certas inconsistências conceituais da Analítica do belo, que circundam a definição de forma bela, podem ser resolvidas na Analítica do sublime, onde os juízos estéticos são pensados sob a influência da razão e das ideias estéticas. Iniciaremos nossa exposição com uma breve apresentação da doutrina do gosto kantiana, o que deverá incluir a análise dos principais aspectos do juízo estético reflexionante. A partir daí, poderemos discutir alguns impasses interpretativos relativos ao conceito de forma introduzido no terceiro momento da Analítica do belo. Em seguida, procuraremos mostrar como a análise da relação entre a imaginação e ideias estéticas pode lançar luz sob as dificuldades supracitadas, sem que o desinteresse do juízo de gosto puro seja comprometido.
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