Sobre a distinção entre prudência e moralidade em Kant e Crusius: considerações sobre a origem da doutrina do imperativo categórico
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v17i1.89924Palavras-chave:
prudência, vontade, moralidade, liberdade, imperativo categórico.Resumo
É indiscutível a extensão da originalidade e da importância da ética de Kant. O que talvez não seja tão evidente é que a filosofia moral de Kant como um todo não foi uma teoria subitamente construída, mas dependeu de um extenso e profundo debate com a tradição filosófica, sobretudo, a representada pela escolástica alemã, com uma consequentemente apropriação ou assimilação de vários de seus aspectos. No que diz respeito a história do desenvolvimento da doutrina do imperativo categórico, em particular, não é possível ser indiferente í influência da filosofia prática do filósofo e teólogo alemão do iluminismo, Christian August Crusius. Meu objetivo nesse artigo é , dessa forma, o de tentar identificar, levando em conta a distinção da praxis em necessidade problemática e moral e o contraste entre prudência e moralidade, alguns pontos de interseção entre as filosofia morais de Crusius e Kant em sua origem.
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