Bernard Williams, Thomas Nagel, Immanuel Kant e Moral Luck

Autores

  • Julio Esteves Universidade Estadual do Norte Fluminense (Campos dos Goytacazes, Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.5380/sk.v16i2.89794

Palavras-chave:

Moral luck, Gesinnung, Boa Vontade, Responsabilidade, Virtude

Resumo

Neste artigo, procedo a uma exposição crítica do conceito de moral luck da perspectiva da filosofia moral kantiana. Começo por um breve exame do conceito tal como originalmente introduzido por Bernard Williams. Em seguida, faço uma exposição e um exame crítico do conceito de moral luck nos 4 tipos defendidos por Thomas Nagel. Minha conclusão geral é a de que os sentidos de moral luck apresentados por Nagel são o resultado de uma alternância indevida entre o ponto de vista subjetivo e interno, ou seja, do agente ou ator, sobre as ações, e o ponto de vista objetivo e externo, ou seja, de um observador externo, sobre essas mesmas ações. Desse modo, eles não pertencem à filosofia moral e prática propriamente ditas. Encerro com uma breve exposição de um sentido de moral luck empregado por Kant no postulado da imortalidade da alma, no interior do conceito do sumo bem.

Biografia do Autor

Julio Esteves, Universidade Estadual do Norte Fluminense (Campos dos Goytacazes, Brasil)

Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Professor Doutor.

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Publicado

2023-06-08

Como Citar

Esteves, J. (2023). Bernard Williams, Thomas Nagel, Immanuel Kant e Moral Luck. Studia Kantiana, 16(2), 87–113. https://doi.org/10.5380/sk.v16i2.89794

Edição

Seção

Artigos