Sobre a dinâmica das faculdades e a "comoção" da lei moral
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v14i22.89172Palavras-chave:
Moralidade, Faculdades, AutocontentamentoResumo
Este artigo tem por objetivo argumentar que a proposta kantiana para a moralidade não consiste em um "formalismo vazio", e, por isso, "frio" e "sem vida" como alguns de seus comentadores a interpretaram. Para esses comentadores, essa proposta não teria nenhuma conexão com a vida efetiva dos seres humanos devido ao fato de seu princípio, por estar fundado na razão pura, ser um princípio de natureza formal. Para defender a nossa hipótese, o artigo chama a atenção para os principais elementos que perfazem a totalidade da proposta kantiana, a saber: as faculdades da razão, seus poderes (conhecer, julgar e querer), a dinâmica existente entre eles, o sentimento gerado por essa dinâmica, o sentimento de respeito e de "autocontentamento".
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