O método da razão pura em Kant: o filosofar como exercício arquitetônico
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v12i17.88900Palavras-chave:
método, racionalidade, organismo, sistema, filosofarResumo
O foco deste artigo é identificar e expor o conceito de racionalidade que opera na filosofia kantiana, considerando, sobretudo, a "Doutrina transcendental do método" da Crítica da razão pura. De modo mais específico, a investigação toma como ponto de partida o texto da "Arquitetônica da razão pura" e destaca o conceito de sistema ali exposto, levando em conta sua paridade com o organismo, que lhe serve de metáfora. A partir daí, tem-se a ocasião para qualificar o método da razão como profundamente dinãmico e caracterizar, desde semelhante qualificação, a própria postura filosófica como atividade de pensamento que se exerce crítica e sistematicamente sobre a multiplicidade de conhecimentos.
Referências
COHEN, Hermann. La théorie kantienne de l’experience. Traduit par Éric Dufour et Julien Servois. Paris: CERF, 2001.
CROCCO, Gabriela. “Méthode structurale et systèmes philosophiques”, Revue de Métaphysique et de Morale, 1 (2005): 69-88.
FALKENBURG, Brigitte. “Die Funktion der Naturwissenschaft für die Zwecke der Vernunft”. In: Volker Gerhardt (ed.), Kant im Streit der Fakultäten. p. 117-133. Berlin: Walter de Gruyter, 2005.
FÖRSTER, Eckart. “Was darf ich hoffen? Zum Problem der Vereinbarkeit von theoretischer und praktischer Vernunft bei Kant”, Zeitschrift für philosophische Forschung, 46.2 (1992): 168-185.
GENOVA, A. C. “Kant’s epigenesis of pure reason”, Kant- Studien, 65 (1974): 259-273.
GOLDSCHMIDT, Victor. “Tempo histórico e tempo lógico na interpretação dos sistemas filosóficos”. In: _____. A religião de Platão. p. 139-147. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1963.
KRÄMLING, Gerhard. “Das höchste Gut als mögliche Welt”, Kant- Studien, 77.3 (1986): 273-283.
LEBRUN, Gérard. Kant e o fim da metafísica. Trad. por Carlos A. R. de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
LEHMANN, Gerhard. “Pressupostos e limites da interpretação sistemática de Kant”. Trad. por Artur Morão. In: Fernando Gil (org.), Recepção da crítica da razão pura: antologia de escritos sobre Kant (1786-1844). p. 1-36. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1992.
MANCHESTER, Paula. “Kant’s concept of architectonic in its historical context”, Journal of the History of Philosophy, 41.2 (2003): 187- 207.
_____. “Kant’s concept of architectonic in its philosophical context”, Kant-Studien, 99.2 (2008): 133-151.
MARQUES, Ubirajara. R. A. “Kant e a epigênese a propósito do inato”, Scientiae Studia, 5.4 (2007): 453-470.
_____. “Sobre o inato em Kant”, Analytica, 12 (2008): 101-161.
MERRIT, Melissa McBay. “Reflection, enlightenment, and the significance of spontaneity in Kant”, British Journal for the History of Philosophy, 17.5 (2009): 981-1010.
MOYA, E. “Apriorismo, epigénesis y evolución en el transcendentalismo kantiano”, Revista de Filosofía, 30.2 (2005): 61- 88.
RICHARDS, R. J. “Kant and Blumenbach on the Bildungstrieb: a historical misunderstanding”, Stud. Hist. Phil. Biol. & Biomed. Sci., 31.1 (2000): 11-32.
ROUSSET, Bernard. La doctrine kantienne de l’objectivité: l’autonomie comme devoir e devenir. Paris: VRIN, 1967.
SANTOS, Leonel Ribeiro dos. Metáforas da razão: ou economia poética do pensar kantiano. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994.
SCHWARTZ, Elisabeth. “Estruturas e sistemas no idealismo kantiano”, Dois Pontos, 5.1 (2008): 11-42.
SCHOPENHAUER, Arthur. Crítica da filosofia kantiana. Trad. Por Wolfgang Leo Maar e Maria Lúcia Mello e Oliveira Cacciola. (Coleção ‘Os Pensadores’). São Paulo: Nova Cultural, 1997.
SLOAN, P. R. “Preforming the categories: Eighteenth-century generation theory and biological roots of Kant’s a priori”, Journal of the History of Philosophy, 40.2 (2002): 229-253.
SMITH, Norman Kemp. “Appendix A”. In: _____. A commentary to Kant’s Critique of pure reason. London: Macmillan, 1918.
VAYSSE, Jean-Marie. Kant et la finalité. Paris: Ellipses, 1999.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 Marcio Pires

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantém os direitos de republicação, sob condição de indicação de primeira publicação na Studia Kantiana.
Autores cedem o direito aos editores de vincular seus artigos em futuras bases de dados.
Todo o conteúdo desta revista está licenciado sob a Licença Internacional Creative Commons 4.0 (CC BY 4.0)