Liberdade e coerção: a autonomia moral é ensinável?
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v9i11.88777Resumo
O problema da "ensinabilidade" da autonomia moral aparece quando se tenta compreender e conceber a autonomia conectada com a dimensão sensível do homem, uma vez que este não age espontaneamente, tampouco imediatamente por respeito a lei moral. A sensibilidade constitui-se, conforme o próprio Kant define, como um obstáculo ao cumprimento do dever. Deste modo é preciso considerar quais as possibilidades que se apresentam para a aplicação ou realização (Verwirklichung) da lei moral no homem sensível. Temos as referências de Kant a este problema especialmente na Antropologia, na Doutrina da Virtude e na suas Preleções de Pedagogia. Contudo, o discurso de educar para a autonomia moral ou para a moralidade, como ele é presente no pensamento antropológico e pedagógico de Kant, precisa ser reconsiderado e analisado criticamente, na medida em que se apresenta como uma espécie de antinomia: a autonomia moral exclui qualquer causalidade externa ou alheia a vontade e, por outro lado, o comportamento moral é algo que é efetivamente aprendido e implica na necessidade da formação.
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