Veracidade, direito e mentira
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v6i6/7.88499Resumo
A presente contribuição procura mostrar que se pode levar a sério as reflexões kantianas acerca do problema da veracidade, sem que se tenha, no entanto, de compartilhar as conclusões de Kant no artigo Sobre um suposto direito de mentir por motivos benevolentes. Após uma análise dos argumentos apresentados em duas tentativas recentes de defender a posição do texto kantiano contra Constant, será examinado se, na situação delineada por Constant e Kant, estão preenchidas as condições para uma autêntica mentira. Será mostrado que, segundo a lógica da situação, nem o assassino pode fiar-se na veracidade do argüido, nem o argüido, na confiança do assassino em sua, do argüido, veracidade; ao invés disso, ocorre uma tentativa recíproca de trapaça, que não é atingida pelo argumento jusfilosófico de Kant, e tampouco é proibida pelo imperativo categórico.
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