A ECONOMIA POLÍTICA DO MODELO ECONÔMICO CHINÊS: O ESTADO, O MERCADO E OS PRINCIPAIS DESAFIOS
DOI:
https://doi.org/10.5380/rsp.v20i44.34424Palavras-chave:
China, instituições, desenvolvimento, Estado desenvolvimentista, Economia PolíticaResumo
O artigo explora algumas características do modelo chinês a partir de sua particularidade institucional,
a relação entre o Estado e o mercado. Pretende-se esclarecer as razões dos bons resultados econômicos,
destacar o papel essencial da variável internacional e apontar os principais desafios enfrentados pelo
modelo chinês. Uma preocupação central é destacar as implicações, realizações e riscos de uma combinação
muito particular entre o mercado e o Estado, tocando em um tema caro à Economia Política desde Adam
Smith. Para esse intuito, o artigo dialoga com teorias da Economia Política e do desenvolvimento econômico,
com destaque para o debate sobre os estados desenvolvimentistas. Argumenta-se que o sucesso do milagre
chinês está relacionado à liberalização das forças de mercado, mas deve-se também ao papel do Estado
Desenvolvimentista, que desempenhou um papel importante na transição para a economia de mercado e
vem contribuindo significativamente para o fortalecimento da capacidade produtiva e tecnológica.
Entretanto, a falta de demarcação entre o Estado e o mercado também implica dificuldades, que se
manifestam na intervenção excessiva do partido e nas deficiências do sistema financeiro e do sistema de
direitos de propriedade. De um lado, a economia beneficia-se da força do Estado e das medidas adotadas
para fortalecer sua posição internacional. De outro, há tensões entre uma economia mais complexa e uma
estrutura institucional muito específica. Outro ponto explorado são os esforços adotados para fortalecer
a capacidade industrial e tecnológica, perguntando-se sobre a efetividade da política industrial no estágio
atual do capitalismo. Enfim, o artigo trabalha outros desafios do modelo chinês, inclusive na área social,
apontando como vêm sendo enfrentados.
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