O que afasta pretos e pardos da representação política? Uma análise a partir das eleições legislativas de 2014
DOI:
https://doi.org/10.5380/rsocp.v25i61.51468Resumen
Mesmo um observador leigo da política brasileira é capaz de constatar que os pretos e pardos estão excluídos das suas arenas decisórias. Contudo, a ausência de registros sobre a cor/raça de nossos políticos sempre dificultou o dimensionamento dessa sub-representação e as suas possíveis causas. Desde as eleições de 2014, porém, o Tribunal Superior Eleitoral computa a raça/cor dos candidatos registrados, o que permite contornar parcialmente essas dificuldades. Neste trabalho, recorremos a esses dados para dimensionar quão sub-representados pretos e pardos estão na Câmara dos Deputados e, sobretudo, testar algumas hipóteses explicativas de tal fenômeno. Os resultados indicam que as chances eleitorais de pretos e pardos são menores em relação às de brancos por causa de múltiplos fatores: (1) classe de origem, (2) acesso a recursos de campanha e (3) estruturas partidárias competitivas. Tudo isso sugere que medidas que busquem tornar a representação política mais diversa devem considerar a complexidade dos obstáculos interpostos a pretos e pardos.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores transferem os direitos autorais dos seus manuscritos para a Revista de Sociologia e Política. Além disso, o autor compromete-se a citar a primeira edição do artigo em todas as edições posteriores, incluindo em línguas estrangeiras.
O conteúdo da Revista de Sociologia e Política está licenciado de acordo com a Creative Commons (atribuição tipo CC BY 4.0 ), que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado. Todo o acervo do nosso periódico é de acesso livre e aberto. Os autores concedem os direitos autorais dos seus manuscritos para a Revista de Sociologia e Política.