MOVIMENTOS DE MUDANÇA POLÍTICA NA AMÉRICA DO SUL CONTEMPORÂNEA
DOI:
https://doi.org/10.5380/rsocp.v0i27.8117Palavras-chave:
política sul-americana, mudança política, democracia na América Latina, neoliberalismo, populismo, nacionalismo, institucionalismo, politique sud-américaine, changement politique, démocratie en Amérique Latine, néolibéralisme, populisme, nationalismeResumo
Desde as últimas décadas do século XX, a América do Sul passa por profundas mudanças políticas e
econômicas que a tornaram mais democrática e liberal. Contudo, os processos de democratização política
e liberalização econômica não convergiram espontaneamente na região. Ao contrário, esses dois processos
estruturais apresentaram grandes incompatibilidades. Em resposta à agenda neoliberal, hegemônica durante
os anos 1990, novos líderes e governos surgiram na virada de século com tendências mais nacionalistas e
à esquerda do espectro político, porém marcando um movimento muito mais heterogêneo em comparação
com a uniformidade observada na década imediatamente anterior. O artigo predispõe-se a descrever e
explicar brevemente esses movimentos e contra-movimentos sul-americanos com o argumento de que a
ascensão de novas lideranças ao poder nada mais é do que uma maneira plural de as sociedades tentarem
reagir, pelo voto, a essa contradição de sua época. O artigo realiza uma breve discussão sobre a elevação
e a queda do neoliberalismo na região, os limites do nacionalismo que passa então a emergir e os
desdobramentos populistas do institucionalismo periférico. O artigo conclui sugerindo que a divisão
analítica convencional na área entre institucionalismo e populismo, ou entre neoliberalismo e modelos
nacionalistas anacrônicos, não deve levar o debate teórico nem as democracias na prática para muito
longe. Na realidade, as contradições vividas nas últimas décadas estão redefinindo a política na América
do Sul, para o novo século, de uma forma inédita e cujo resultado final é imprevisível.
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