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“ISMOS”, “ÍCONES” E INTÉRPRETES: AS LÓGICAS DAS “ETIQUETAGENS” NA POLÍTICA DE DOIS ESTADOS BRASILEIROS (MA E RS)

Igor Gastal Grill

Resumo


O trabalho de fabricação de “etiquetas” e “ícones” da política brasileira é examinado neste artigo. O focorecai sobre “vultos” e intérpretes da história política de dois estados brasileiros, Rio Grande do Sul (RS)e Maranhão (MA), assim como sobre as versões produzidas acerca do “Getulismo”, “Pasqualinismo”,“Brizolismo”, “Vitorinismo” e “Sarneysismo”. O exercício de análise executado consistiu em perceber asligações entre os intérpretes desses “ismos”, os líderes políticos e os tecidos relacionais que dão sentidoàs identificações, distinções e tomadas de posição. Ou seja, foram analisados os recursos sociais sobre osquais assentam (i) sua reputação política e intelectual (origem social, reconhecimento profissional, cargospolíticos, títulos e pertencimento a instâncias de consagração intelectual); (ii) seus alinhamentos políticose (iii) seus movimentos nos jogos faccionais nas duas configurações regionais. Mediante a análise dos seusitinerários e das modalidades de textos (biografias, livros e artigos de jornais) produzidos, a reflexãoexplora os usos e a relevância, como instrumentos políticos e como meios de identificação: da ativação damemória política; das genealogias simbólicas; da personificação do capital simbólico; das relações dereciprocidade; do papel de mediação; das bases sociais e do domínio de uma forma de expressão que é a“escrita” ou da associação ao universo da intelectualidade.

Palavras-chave


elite política; liderança; carisma; memória; redes

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