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ASSOCIATIVISMO TRANSNACIONAL: UMA PROPOSTA ANALÍTICO-CONCEITUAL

Luciana Ballestrin

Resumo


Ao alterar a exclusividade do marco nacional para a compreensão da sociabilidade política, jurídica,econômica e cultural no mundo moderno, o processo da globalização impôs às Ciências Sociais a urgênciada reinvenção teórica, não raramente observada na agregação indiscriminada dos termos “global”,“mundial” ou “cosmopolita” a algumas de suas tradicionais categorias de análise. O conceito de “sociedadecivil” inclui-se nesse redirecionamento epistemológico amplo, suscitando controvérsias não apenasconceituais, mas também factuais, acerca do próprio ator “Sociedade Civil Global” (SCG). O artigo estádividido em duas partes: a primeira faz um mapeamento da trajetória do conceito de SCG por meio darevisão das principais contribuições a essa categoria; a segunda busca enfrentar os impasses teóriconormativoscolocados pelas visões entusiastas e céticas da SCG, tomando emprestado o argumento centralde Mark Warren, em seu livro Association and Democracy. Partindo da percepção de que os conceitos deSCG disponíveis são idiossincráticos e que seu papel político no mundo globalizado está em constantedisputa teórica, o objetivo do artigo é empreender uma abordagem tentativa para (a) interpretar aheterogeneidade associativa subsumida nessa rubrica e (b) projetar cenários para estudos mais empíricosque possibilitem a verificação de sua real contribuição democrática no mundo globalizado. Acredita-seque a idéia de Associativismo Transnacional possibilita um caminho analítico para as ações da SCG e seusmúltiplos efeitos na esfera política, os quais a democracia pode ser apenas um.

Palavras-chave


globalização; teoria política; Sociedade Civil; Sociedade Civil Global; associativismo transnacional

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