A LEI DE EXECUÇÕES PENAIS E OS LIMITES DA INTERPRETAÇÃO JURÍDICA
DOI:
https://doi.org/10.5380/rsp.v17i33.28738Palavras-chave:
positivismo jurídico, interpretação jurídica, Sociologia Jurídica, análise decisória, Execução PenalResumo
Este artigo analisa os limites sociais envolvidos na interpretação jurídica da Lei de Execuções Penais(LEP). Por meio de uma pesquisa de campo realizada entre juízes e promotores da região de Campinas, noestado de São Paulo, o artigo contrapõe os limites da leitura jurídica com dados de realidade social ecarcerária. Mais do que uma exposição dos ideais normativos de “dever ser” jurídico, o artigo salienta oprocesso de seleção e interpretação feito pelos operadores do Direito e pela doutrina jurídica, que afasta doquadro interpretativo do ordenamento jurídico os dados de realidade social que eles mesmos percebemcotidianamente. Fica evidente, pelas entrevistas realizadas, a relação paradoxal que os operadores doDireito mantêm com a LEP: por um lado, consideram que sua estrutura normativa a coloca entre as legislaçõesmais modernas, que a insere no debate teórico e doutrinário mais desenvolvido, tornando-se ummodelo jurídico louvável; por outro, paralelamente a esse caráter idealizado e idealizador da norma,também surgem críticas quanto à sua condescendência; e, no que diz respeito à sua efetividade, há umaconvicção generalizada a respeito de “um grande abismo”, de um caráter de “letra morta” frente à realidadenacional. O responsável por tal descompasso, apontado de forma reiterada nas entrevistas, seria oEstado, definido geralmente de forma ambígua, excluindo, por exemplo, o poder Judiciário de sua parcelade responsabilidade na falta de efetivação da Lei de Execuções Penais.Downloads
Como Citar
Marques Jr., G. (2009). A LEI DE EXECUÇÕES PENAIS E OS LIMITES DA INTERPRETAÇÃO JURÍDICA. Revista De Sociologia E Política, 17(33). https://doi.org/10.5380/rsp.v17i33.28738
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Artigos Originais
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