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O CONSELHO ARGENTINO PARA AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS (CARI) NOS ANOS 1990 E A VIRADA NEOLIBERAL ARGENTINA

Christiane Rangel Sauerbronn dos Santos

Resumo


Este artigo procura identificar a participação do Consejo Argentino para las Relaciones Internacionales(CARI) na difusão de idéias neoliberais e na condução de algumas mudanças de paradigma que serviram deinstrumento para a formulação da política externa Argentina durante o governo de Carlos Saul Menem(1989-1999). Entendemos o CARI como um think tank que interconecta uma rede de tomadores de decisão,acadêmicos e empresários, e contribui para a propagação de novos rumos de política externa. Por meio dapolítica de revolving door de seus membros e da produção de seminários, grupos de estudos e publicações,o Consejo penetra na política externa do país como uma força doméstica dentro da estrutura de formulaçãoda política externa argentina, refletindo também a agenda de política internacional em suas atividades. Aidéia é identificar, por meio da análise da atuação do CARI frente aos temas caros de política externa daépoca e ao relacionamento com atores-chave como os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, a participação doConsejo, com o apoio do Governo Menem, nos desdobramentos da política externa argentina durante operíodo. A mudança do posicionamento político argentino e a nova postura no padrão de votação emfóruns internacionais, nas parcerias bilaterais, no apoio a políticas neoliberais, na defesa dos interessesargentinos no Antártico, associados ao apoio governamental e o papel ativo do CARI entre 1989-1999,denotam que o Consejo esteve atento à conjuntura daquele momento e contribuiu para a difusão eimplementação de mudanças na política externa do país.

Palavras-chave


política externa; Argentina; think tank; Estados Unidos; Grã Bretanha; Carlos Menem

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