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MUDANÇAS MORFOMÉTRICAS DE Cojoba arborea (L.) Britton e Rose NA ARBORIZAÇÃO URBANA

Rubens Marques Rondon Neto, Arildo Nunes dos Santos, Julio Cesar Wojciechowski

Resumo


As características morfométricas das árvores usadas na arborização urbana podem ser úteis no seu planejamento, manejo das árvores e decisão sobre a continuidade de uso da espécie arbórea. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o comportamento morfométrico de árvores da espécie Cojoba arborea (L.) Britton e Rose (brinco-de-índio), plantadas na área urbana do município de Alta Floresta, Mato Grosso. Foram inventariadas aleatoriamente 150 árvores da referida espécie, sendo 50 árvores de cada classe de altura: classe I (<2 m); classe II (2–4 m); e classe III (>4 m), as quais constituíram-se os tratamentos implementados. A partir das variáveis dendrométricas medidas (altura total, atura de fifurcação do tronco, diâmetro do tronco e diâmetro de copa) foram estimados os índices morfométricos: área de projeção de copa (APC), proporção de copa (PC), formal de copa (FC) e índice de abrangência (IA) . Os dados foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis, sendo as médias comparadas pelo teste de Nemenyi (α = 5%). Pela classificação de Bobrowski et al. (2017) a copa do tipo elíptica horizontal predominou ao longo do crescimento em altura, tendo a copa equilibrada com o crescimento em atura, o que promove maior estabilidade das árvores. A utilização de Cojoba arborea na arborização urbana deve ocorrer mediante a realização de podas para condução de seu crecimento.

 


Palavras-chave


Forma da copa; Morfometria; Arborização de ruas; Árvores urbanas.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v18i3.90927

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