MUDANÇAS MORFOMÉTRICAS DE Cojoba arborea (L.) Britton e Rose NA ARBORIZAÇÃO URBANA
Resumo
As características morfométricas das árvores usadas na arborização urbana podem ser úteis no seu planejamento, manejo das árvores e decisão sobre a continuidade de uso da espécie arbórea. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o comportamento morfométrico de árvores da espécie Cojoba arborea (L.) Britton e Rose (brinco-de-índio), plantadas na área urbana do município de Alta Floresta, Mato Grosso. Foram inventariadas aleatoriamente 150 árvores da referida espécie, sendo 50 árvores de cada classe de altura: classe I (<2 m); classe II (2–4 m); e classe III (>4 m), as quais constituíram-se os tratamentos implementados. A partir das variáveis dendrométricas medidas (altura total, atura de fifurcação do tronco, diâmetro do tronco e diâmetro de copa) foram estimados os índices morfométricos: área de projeção de copa (APC), proporção de copa (PC), formal de copa (FC) e índice de abrangência (IA) . Os dados foram submetidos ao teste de Kruskal-Wallis, sendo as médias comparadas pelo teste de Nemenyi (α = 5%). Pela classificação de Bobrowski et al. (2017) a copa do tipo elíptica horizontal predominou ao longo do crescimento em altura, tendo a copa equilibrada com o crescimento em atura, o que promove maior estabilidade das árvores. A utilização de Cojoba arborea na arborização urbana deve ocorrer mediante a realização de podas para condução de seu crecimento.
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PDFReferências
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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v18i3.90927
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