INVENÇÃO E INTERVENÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA ENQUANTO PATRIMÔNIO HÍBRIDO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.5380/revsbau.v17i3.87533Palavras-chave:
Floresta urbana, infraestrutura verde, patrimônio cultural, patrimônio naturalResumo
As árvores fornecem importantes serviços ecossistêmicos à humanidade, sendo uma importante conexão cultural e biológica do homem com a natureza. Na colonização do Brasil, os portugueses introduziram suas plantas como uma forma de dominação cultural e os transpor para a nação de origem, assim, a extensiva implementação da cultura europeia no país, traz repercussões inclusive para a arborização urbana. Desde a invasão até os dias atuais, a maioria dos projetos paisagísticos contribuem para a uniformização das paisagens e homogeneização biológica. Assim, instalam-se dilemas projetuais entre conservar o patrimônio híbrido e remodelar os espaços com espécies nativas para garantir a identidade biológica e cultural. Diante desse imbróglio teórico-metodológico, objetiva-se com esse trabalho refletir sobre a invenção da arborização urbana e perspectivas para sua intervenção enquanto patrimônio híbrido. Para isso, será traçada uma breve linha histórica de sua presença no Brasil, baseada em Sérgio Buarque de Holanda, bem como discutir intervenções na arborização urbana na contemporaneidade. Através desse caminho, percebeu-se que o epistemicídio cultural ao longo do processo de colonização, repercutiu na negação de conhecimentos ligados à arborização das cidades. Além disso, compreendeu-se que as intervenções exigem estudos complexos, necessitando de recuperação da literatura científica para equilibrar a arborização do passado com pautas ambientais atuais.
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