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ACESSIBILIDADE NA ARBORIZAÇÃO URBANA: PERCEPÇÃO DE DEFICIENTES VISUAIS SOBRE A MOBILIDADE EM ESPAÇOS PÚBLICOS ARBORIZADOS

Ana Maria Jerônimo Soares, Rodrigo Leone Alves, Elma Núbia De Medeiros Araújo Targino

Resumo


A presença de árvores é fator importante para a qualidade de vida da população nos grandes centros urbanos. Apesar dos benefícios da arborização na função socioambiental, tal processo, quando implantado de forma inadequada, não está isento de diversos tipos de danos que comprometem a mobilidade, especialmente dos indivíduos com deficiências físicas e sensoriais. Este artigo objetiva avaliar a percepção de deficientes visuais sobre as principais dificuldades e limitações encontradas nos seus trajetos em áreas arborizadas. Os participantes da pesquisa eram residentes da cidade de Natal – RN. Para a coleta de dados realizou-se entrevistas, baseadas em um questionário semiestruturado, com 15 munícipes cegos. Realizou-se a análise dos conteúdos dos relatos, e os resultados apontam que os deficientes visuais reconhecem a importância da arborização para a qualidade de vida nos centros urbanos. Porém, já vivenciaram situações conflituosas que a bengala, principal instrumento de suporte à locomoção, não consegue identificar. Tais como, árvores em locais inadequados obstruindo a passagem, podas mal posicionadas, galhos baixos e com espinhos, raízes altas que podem provocar a queda, entre outros obstáculos, que interferem na orientação e locomoção dessas pessoas, prejudicando sua independência, fato que reflete a necessidade de planejamento e acompanhamento por parte dos órgãos responsáveis.


Palavras-chave


Percepção ambiental; Mobilidade de Cegos; Planejamento Urbano; Políticas Públicas.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v12i3.63500

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