Efeitos da eliminação da dívida externa líquida
Resumo
Por muitos anos verificou-se a ocorrência de déficits na conta de transações correntes do Brasil, o que obrigava o país a se financiar por meio da entrada de capitais, gerando um acúmulo de sua dívida externa. Recentemente, o país logrou uma condição de credor externo líquido, devido ao volume de reserva internacional em moeda estrangeira superior ao volume da dívida externa; esse resultado tem importantes conseqüências em termos de política econômica interna. Ainda que financiamento externo tenha sido importante em algumas fases da economia brasileira, a dependência gerada em função deste capital traz desagradáveis situações que podem comprometer a estabilidade macroeconômica de um país em razão da instabilidade dos fluxos de capitais e a facilidade com que distúrbios em determinados países se propagam para a economia interna, o que compromete a liberdade na condução das políticas econômicas. A mudança do país da posição de devedor para credor externo líquido, mesmo com um elevado custo fiscal, traz consigo melhores condições para se lidar com as crises externas que, atualmente, têm como fonte o sistema financeiro americano.
Palavras-chave
Dívida Externa; Dívida Interna; Reservas em moeda estrangeira.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5380/ret.v4i1.27455