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Restrição externa ao crescimento: evidências recentes no Brasil

Frederico G. Jayme Jr, Marco Flávio da Cunha Resende

Resumo


Os freqüentes desequilíbrios na balança comercial das economias em desenvolvimento decorrem da desigual geração e difusão de progresso técnico nestas economias em relação às economias desenvolvidas. Esse atraso se traduz em hiatos de tecnologias entre o bloco dos países desenvolvidos e as economias em desenvolvimento, criando, para estas últimas, problemas de competitividade vis-à-vis as economias desenvolvidas e limitando, assim, a capacidade de inserção dessas economias no cenário do comércio mundial. Dessa forma, mesmo eventuais reversões de déficits na Conta Corrente, com alívio da restrição externa, não necessariamente garantem maior capacidade de crescimento sustentado, pois decorrem de aumentos conjunturais na demanda internacional de produtos com menor teor tecnológico, como commodities e bens intensivos em recursos naturais e mão-de-obra não qualificada. Desta forma, a inserção internacional destas economias obedece a uma dinâmica típica das economias periféricas, que aumentam a capacidade de crescer em períodos de aumento da liquidez internacional e da demanda internacional por produtos de baixo teor tecnológico.

Palavras-chave


Vulnerabilidade Externa; Crescimento Econômico; Tecnologia.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ret.v4i1.27451