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Educação, economia e o governo Lula

Igor Zanoni Constant Carneiro Leão

Resumo


O pensamento econômico brasileiro viu o desenvolvimento como um crescimento da produtividade geral da economia, o qual deveria ser alcançado através de políticas agrárias ou da sábia intervenção do Estado que, ajudado pelo capital privado nacional ou estrangeiro, maximizaria nosso uso da capacidade produtiva e fecharia a brecha que historicamente constituiu as sociedades latino-americanas em sociedades duais e heterogêneas. Por sua vez, a educação foi pensada pelos economistas como âncora para soldar a defasagem tecnológica que nos separa dos centros desenvolvidos, bem como qualificação do trabalho para o emprego ou para maior eficiência dos setores informais. Com o passar do tempo o pensamento econômico voltou-se mais fortemente para questões distributivas e sociais e a educação foi vista como peça na constituição de uma sociedade ligada por laços de solidariedade soldados por uma cultura comum. Essas visões ainda mantém sua atualidade no país na medida em que o acelerado desenvolvimento de cem anos, entre 1870 e 1970, digamos, manteve o país como nação dependente, periférica e sem capacidade de internalizar plenamente seus centros de decisão. Nesse sentido, em que pese o crescimento dos primeiros anos do século XXI, persistem heranças neocoloniais que urge serem enfrentadas, e para as quais a educação e as políticas sociais devem encontrar ainda seu melhor lugar.

Palavras-chave


Desenvolvimento brasileiro; Políticas sociais; Economia no governo Lula; Tecnologia; Educação.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ret.v4i2.27427