A crise financeira corrente, suas causas e suas soluções numa perspectiva inspirada em Keynes e Minsky

Autores

  • Fabiano A. S. Dalto UFPR

DOI:

https://doi.org/10.5380/ret.v5i1.27299

Palavras-chave:

Keynes, Minsky, Instabilidade financeira, Crise financeira, Distribuição de renda, Desemprego, Socialização do investimento.

Resumo

A nota parte da abordagem da instabilidade financeira inspirada em Keynes e Minsky para avaliar a crise financeira iniciada no mercado imobiliário americano e espalhada pelo mundo. A nota argumenta que a crise desenvolveu-se como um resultado endógeno do funcionamento dos mercados numa economia capitalista. Junto a isso, políticas neoliberais contribuíram para a gravidade da crise na medida em que negligenciaram as consequências distributivas de suas políticas que, junto com a leniência regulatória e as inovações predatórias que tais políticas incentivaram, alimentaram o endividamento de devedores altamente arriscados. Como sugeriram Keynes e Minsky, o capitalismo tende a produzir desigualdade e desemprego e ambos nutrem sua instabilidade. Argumenta-se que uma resolução progressista desta crise, necessita de reformas estruturais baseadas em pelo menos três princípios: a) criação de emprego pagando salários decentes; b) aumento do investimento público em infraestrutura e em serviços que têm efeitos positivos sobre as condições de vida dos mais pobres; c) e socialização dos investimentos públicos com reformas que ampliem o controle da sociedade sobre as atividades do estado e do setor privado e aumentem a participação da sociedade civil nos centros de decisão das políticas do estado.

Biografia do Autor

Fabiano A. S. Dalto, UFPR

Doutor em Economia pela Universidade de Hertfordshire. Professor adjunto do Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

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Como Citar

Dalto, F. A. S. (2009). A crise financeira corrente, suas causas e suas soluções numa perspectiva inspirada em Keynes e Minsky. Revista Economia & Tecnologia, 5(1). https://doi.org/10.5380/ret.v5i1.27299

Edição

Seção

MACROECONOMIA