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Diferenciais salariais segundo qualificação da força de trabalho e faixa etária no Brasil

Rafael Camargo de Pauli, Luciano Nakabashi, Armando Vaz Sampaio

Resumo


O processo recente de abertura econômica entre países desenvolvidos e em desenvolvimento foi acompanhado por aumentos nos diferenciais salariais dos trabalhadores qualificados em ambos os grupos de países. Duas teorias principais competem para explicar tais movimentos, o modelo de Heckscher-Ohlin/Stolper-Samuelson e a hipótese do viés de habilidade. Na tentativa de explicar as mudanças dos diferenciais salariais no Brasil, propõe-se uma adaptação desses modelos para uma economia com três níveis de qualificação. A comparação com os dados empíricos da indústria de transformação posiciona o Brasil como um país abundante em mão-de-obra qualificada, e seus parceiros comerciais como abundantes em mão-de-obra intermediária. Conclui-se que isso se deve ao papel de liderança exercido pelo Brasil no  comércio regional, remetendo ao modelo de Davis (1996). Contudo, esses resultados podem estar, em grande parte, sendo influenciados por alguns fatores não incluídos na análise como o aumento da oferta de trabalhadores qualificados e a heterogeneidade não observada da qualificação.

Palavras-chave


Diferenciais salariais; Modelo de Heckscher-Ohlin; Teorema de Stolper-Samuelson; Hipótese do viés de habilidade; Oferta e demanda por qualificação.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/ret.v5i2.27267