DA PROIBIÇÃO DA NEOLINGUAGEM A “INFINITAS POSSIBILIDADES DE GÊNEROS NÃO EXISTENTES”
DOI:
https://doi.org/10.5380/rt.v11i1.86250Palavras-chave:
Sociologia, Gênero, Ideologia de Gênero, PolíticaResumo
Entre narrativas religiosas que sustentam um lugar de “naturalidade” das relações e identidades de gênero, acordos societários que reafirmam lógicas/sistemas (cis)normativos, agendas políticas reacionárias antigênero nacionais e internacionais e uma demanda social de grupos vinculados a identidades de gênero não normativas, emergem cenários de disputa política que reconfiguram aspectos os embates estabelecidos no campo do discurso. A perspectiva do sintagma da “Ideologia de Gênero” arma-se de novos dispositivos para estabelecer sua lógica de valores tidos como “universais”. Neste contexto, este estudo busca entender como tais trajetos percorrem construções históricas e (re)aparecem no contexto político brasileiro contemporâneo, com presença destes dispositivos discursivos para disputar significações em torno das diversidades e relações de gênero(s). Através de um diálogo com diferentes Projetos de Lei, busca-se expandir a compreensão sobre como tais retóricas emergem na prática política de atores vinculados a partidos conservadores e reacionários, nos cenários da “proibição da linguagem neutra”.
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