DEFESA DA MORALIDADE CRISTÃ: CANDIDATOS EVANGÉLICOS PARA O LEGISLATIVO PARANAENSE EM 2018
DOI:
https://doi.org/10.5380/rt.v8i1.67850Palavras-chave:
Moralidade, armamento, drogas, evangélicos, eleições 2018.Resumo
A presente pesquisa analisa como os candidatos evangélicos à Assembleia Legislativa Estadual do Paraná, em 2018, realizaram e publicaram seus materiais de campanhas no Facebook, promovendo a defesa dos valores cristãos como fonte de moralidade política, a defesa do armamento da população e o combate da legalização das drogas. Percebemos nas últimas décadas o aumento do ativismo religioso na política brasileira, em especial entre os evangélicos, que buscam inscrever seus valores e crenças no cenário público. Para o desenvolvimento dessa pesquisa foram analisados materiais de campanha, tais como jingles, flyers, imagens e “santinhos” divulgados na mídia social Facebook dos 45 candidatos evangélicos. As análises realizadas evidenciaram que os discursos em defesa dos valores cristãos foram recorrentes nos materiais, e se mostraram como as principais pautas defendidas pelos candidatos, já o tema do armamento e das drogas não se fizeram presentes com a mesma frequência, mas demonstraram como os candidatos se apropriaram de argumentos religiosos na defesa de tais pautas.
Referências
AB’SÁBER, T. Crise, alucinose e mentira: o anticomunismo do nada brasileiro. In: ALMEIDA, Ronaldo de; TONIOL, Rodrigo (Orgs.). Conservadorismos, fascismos e fundamentalismos: análises conjunturais. Campinas: Editora da Unicamp, 2018, p. 117-142.
ALMEIDA, R. Deuses do parlamento: os impedimentos de Dilma. In: ALMEIDA, Ronaldo de; TONIOL, Rodrigo (Orgs.). Conservadorismos, fascismos e fundamentalismos: análises conjunturais. Campinas: Editora da Unicamp, 2018, p. 163-193.
BÍBLIA SAGRADA. Várzea Paulista: Casa Publicadora Paulista, 2013.
CAMURÇA, M. A questão da laicidade no Brasil: mosaico de configurações e arena de controvérsias. Horizonte, Belo Horizonte, v. 15, n. 47, p. 855-886, jul./set. 2017.
CARVALHO JUNIOR, E.; ORO, A. Eleições municipais 2016: religião e política nas capitais brasileiras. Debates do NER, Porto Alegre, ano 18, n. 32, p. 15-68, jul./dez. 2017.
CUNHA, M. Política, mídia e religião: o ativismo progressista entre evangélicos brasileiros por meio do Facebook e do Twitter. Comunicação & Sociedade, São Bernardo do Campo, v. 39, n. 3, p. 217-244, set./dez. 2017a.
CUNHA, M. Construções imaginárias sobre a categoria “gênero” no contexto do conservadorismo político religioso no Brasil dos anos 2010. Perspectiva Teológica, Belo Horizonte, v. 49, n. 2, p. 253-276, maio/ago. 2017b.
GIUMBELLI, E. A presença do religioso no espaço público: modalidades no Brasil. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 28, n. 2, p. 80-101, 2008.
GIUMBELLI, E. Cultura pública: evangélicos e sua presença na sociedade brasileira. In: GIUMBELLI, E. (Org.). Símbolos religiosos em controvérsias. São Paulo: Terceiro Nome, 2014, p. 189-208.
IBGE. Censo 2010. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <https://censo2010.ibge.gov.br/>. Acesso em: 14 mar. 2019.
MACHADO, M. Aborto e ativismo religioso nas eleições de 2010. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 7, p. 25-54, jan./abr. 2012.
MACHADO, M. Pentecostais, sexualidade e família no congresso nacional. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 23, n. 47, p. 351-380, jan./abr. 2017.
MARIANO, R. Pentecostais e política no Brasil: do apolitismo ao ativismo corporativista. In: SANTOS, Hermílio (Org.). Debates pertinentes: para entender a sociedade contemporânea. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009, p. 112-138.
MARIANO, R. Laicidade à brasileira: católicos, pentecostais e laicos em disputa na esfera pública. Civitas, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 238-258, 2011
MIGUEL, L. Da “doutrinação marxista” à "ideologia de gênero" - Escola Sem Partido e as leis da mordaça no parlamento brasileiro. Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 7, n. 15, p. 590-621, 2016.
MONTERO, P. Religião, pluralismo e esfera pública no Brasil. Novos Estudos, São Paulo, n. 74, p. 47-65, mar. 2006.
ORO, A. Religião e política no Brasil. Cahiers des Amériques latines, Paris, v. 48, n. 49, p. 204-222, 2005.
PRANDI, R.; SANTOS, R. Quem tem medo da bancada evangélica? Posições sobre moralidade e política no eleitorado brasileiro, no Congresso Nacional e na Frente Parlamentar Evangélica. Tempo Social, São Paulo, v. 29, n. 2, p. 187-214, 2017.
REIS, T.; EGGERT, E. Ideologia de gênero: uma falácia construída sobre os planos de educação brasileiros. Educação & Sociedade, Campinas, v. 38, n. 138, p. 9-26, jan./mar. 2017.
SANTOS, R. Conservadorismo na Câmara dos Deputados: discursos sobre “ideologia de gênero” e Escola sem Partido entre 2014 e 2018. Teoria e Cultura, Juiz de Fora, v. 13, n. 2, dez. 2018.
SEGATO, R. Alteridade e ética no movimento de expansão dos direitos humanos. Mana, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 207-236, 2006.
TADVALD, M. A reinvenção do conservadorismo: os evangélicos e as eleições federais de 2014. Debates do NER, Porto Alegre, ano 16, n. 27, p. 259-288, jan./jun. 2015.
TAROUCO, G.; MADEIRA, R. Partidos, programas e o debate sobre esquerda e direita no Brasil. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 21, n. 45, p. 149-165, mar. 2013.
TEIXEIRA, F. O Pluralismo Religioso e a Ameaça Fundamentalista. Numen: Revista de Estudos e Pesquisa da Religião, Juiz de Fora, v. 10, n. 1 e 2, p. 9-24, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).