FORÇAS ARQUETÍPICAS E SUAS SOMBRAS PROJETADAS NO ESPAÇO
DOI:
https://doi.org/10.5380/rt.v3i2.39095Palavras-chave:
Arquétipos, espacialidades, sombras, Geografia da Religião, Psicologia AnalíticaResumo
O presente artigo aborda a Geografia da Religião em diálogo com a Psicologia Analítica de Jung. Discorremos sobre arquétipos e sobre as projeções inconscientes, principalmente formadas por elementos que constituem o que Jung denominou de sombras, e que podem influenciar na conformação de espacialidades religiosas, imprimindo-lhes características peculiares. Para tanto, localizamos e conceituamos o símbolo apontando para a sua importância no estudo e pesquisa da Geografia da Religião. Diferenciamos o símbolo do sinal, seguindo o raciocínio de Jung e Cassirer. Para favorecer a construção desta reflexão apresentamos uma síntese da constituição da psique humana em seu formato individual e coletivo, conforme teoria desenvolvida por Jung. Por fim, analisamos resultados das projeções da sombra nas conformações de espacialidades religiosas, tomando como exemplo um recorte histórico da Fé Bahá'í.
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