A mulher no contexto histórico contemporâneo de Edith Stein
DOI:
https://doi.org/10.5380/rt.v2i2.35567Palavras-chave:
Edith Stein, Mulher, Movimentos feministas, Masculino/feminino, ontologia e antropologiaResumo
Este artigo aprofunda as contribuições de Edith Stein (1891-1942), filósofa contemporânea e discípula de Edmund Husserl (1859-1938) que seguindo a via traçada por seu mestre, com seu método fenomenológico, aponta para a “essência das coisas” e propõe uma antropologia filosófica do ser humano. Discute-se no decorrer do trabalho sob a ótica do pensamento de Edith Stein, os significado ontológicos de natureza e essência da mulher, a forma feminina de abordagem das questões relacionadas com o “mundo-da-vida” e o papel da mulher na “comunidade”. Enfatiza-se, a posição de Edith Stein diante dos movimentos feministas e pedagógicos, sua inserção nos movimentos culturais e sociais, sua relevância na escola fenomenológica e originalidade no uso do método fenomenológico no estudo da pessoa humana em suas variadas dimensões. Destaca-se também sua capacidade de transitar nas diversas áreas do saber, sua reflexão sobre a condição da mulher na problemática da intersubjetividade na perspectiva ético-social e jurídico-política. O esforço de Edith Stein com seus estudos, conferências e sua inserção nos movimentos feministas consiste em mostrar o papel fundamental da mulher nos vários segmentos da sociedade e, além disso, nos mais variados campos profissionais. Suas ideias apresentam-se como revolucionárias para a época, pois o espaço da mulher era o privado e não o público, faltando-lhe o pleno direito de inserção na sociedade. Edith Stein, diversamente dos movimentos feministas que reivindicavam os direitos de inserção na sociedade, afirma que nenhuma solução é possível para o problema da mulher se antes não se repensa o papel do homem também, ou seja, se antes não se analisam as características peculiares dos dois sexos. Trata-se, portanto, de analisar a perspectiva fenomenológica de Edith Stein no estudo do ser humano como um sujeito masculino/feminino, situando-nos assim no interior dos estudos de gênero que nasceram com o intuito de analisar, sobretudo a dimensão feminina.
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