USO DO NDVI NA ANÁLISE DA ESTRUTURA DA VEGETAÇÃO E EFETIVIDADE DA PROTEÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO NO CERRADO
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v37i0.42454Palavras-chave:
Ecologia da paisagem, Geotecnologias, Índice de vegetação, Complexidade do habitat, Heterogeneidade do habitatResumo
Diferentes índices de vegetação podem ser utilizados para o estudo e avaliação da vegetação. O NDVI é utilizado com sucesso para classificar a distribuição global de vegetação, inferir variabilidades ecológicas e ambientais, produção de fitomassa, radiação fotossintética ativa e a produtividade de culturas. Nesse contexto, a utilização do NDVI como medida indireta de complexidade e heterogeneidade ambiental pode ser uma abordagem interessante. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a dinâmica da paisagem e a efetividade da proteção de uma unidade de conservação de proteção integral no Cerrado, utilizando geotecnologias. Foram coletados em campo dados de estrutura da vegetação, a cobertura por espécies lenhosas (árvores e arbustos) e a cobertura de serapilheira de 12 fragmentos de vegetação arbórea do Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari (PENRT), que foram comparados com os valores do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI). A relação entre variáveis de estrutura da vegetação e o índice de vegetação (NDVI) e a análise multitemporal da complexidade e heterogeneidade do habitat do PENRT mostraram-se ferramentas muito eficazes para avaliar a efetividade da proteção oferecida pela unidade de conservação. As geotecnologias contribuem para o estudo da ecologia e conservação da biodiversidade reduzindo tempo e custos na análise ambiental. Os métodos utilizados no presente trabalho poderão ser utilizados em outras regiões do Cerrado que apresentam características semelhantes ao PENRT.
Referências
ALHO, C.J.R.;MARTINS, E.S. De Grão em Grão o Cerrado Perde Espaço. (Cerrado -Impactos do Processo de Ocupação). WWF –Fundo Mundial para a Natureza, Brasília. 1995.
AYRES, M.;AYRES JUNIOR,M.; AYRES, D.L.; SANTOS, A.A.S.;AYRES, L.L. BioEstat versão 5.0 Aplicações Estatísticas nas Áreas das Ciências Bio-Médicas. Belém-PA. 2007.
BAWA, K.; ROSE, J.; GANESHAIAH, K.N.;BARVE, N.; KIRAN, M.C.; UMASHAANKER, R. Assessing biodiversity from space: an example from the Western Ghats, India.(http://www.ecologyandsociety.org/vol6/iss2/art7/). Acesso em 15 de julho de 2015.Conservation Ecology 6:7. 2002.
CÂNDIDO, A.K.A.A.; SILVA, N.M. da; BARBOSA, D.S. Dinâmica espacial e temporal do uso das terrase Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) em setor de cabeceira do rio São Lourenço, Campo Verde, MT.(http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/raega/article/view/36338). Acesso em 15 de julho de 2015.Revista Ra’e Ga: O Espaço Geográfico em Análise. v. 33, p. 94-119. 2015.
CARVALHO, F.M.V.; MARCO JÚNIOR, P.; FERREIRA, L.G. The Cerrado into-pieces: Habitat fragmentation as a function of landscape use in the savannas of central Brazil.(http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S000632070900072X). Acesso em 15 de julho de 2015.Biological Conservation. 142. 1392–1403. 2009.
CHUST, G.; PRETUS, J.L.; DUCROT, D.; VENTURA, D. Scale dependency of insect assemblages in response to landscape pattern.(http://link.springer.com/article/10.1023%2FB%3ALAND.0000018368.99833.f2#/page-1). Acesso em 15 de julho de 2015.Landscape Ecology19: 41-57. 2004.
CONSERVATION INTERNATIONAL DO BRASIL. Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari. Disponível em: (http://www.conservation.org.br/onde/cerrado/index.php?id=155). Acesso em:18 de setembro de 2014. 2003.
CORRÊA, C.C.;PIMENTA, M.;DUTRA, S.L.;MARCO JÚNIOR, P. Utilização do NDVI na avaliação da resposta de besouros herbívoros à complexidade e heterogeneidade ambiental em diferentes escalas no Bioma cerrado. In: Anais XV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, INPE, Curitiba, p. 3103-3110. 2011.
DE MAS, E.; CHUST, G.; PRETUS, J.L.; RIBERA, C.Spatial modelling of spider biodiversity: matters of scale.(http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10531-008-9566-2#/page-1). Acesso em 15 de julho de 2015.Biodiversity and Conservation18:1945-1962. 2009.
FELFILI, J.M. Padrões de diversidade do Cerrado do Centro-Oeste Brasileiro.In: ARAÚJO,E.L.;MOURA,A.N.;SAMPAIO,E.S.B.;GESTINARI, L.M.S& CARNEIRO, J.M.T.(Org.).Biodiversidade, Conservação e Uso Sustentável da Flora do Brasil.Recife-PE: UFRPE-Imprensa Universitária,2002.Capitulo 5,58-61.
FELFILI, J.M.; NOGUEIRA, P.E; SILVA-JÚNIOR, M.C.; MARIMOM, B.S.; DELITTI, W. B. C. Composição florística e fitossociologia do cerrado sentido restrito no município de Água Boa –MT.(http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062002000100012). Acesso em 15 de julho de 2015.Acta Botanica Brasilica. 16(1): 103-112. 2002.
FORMAN, R.T.;GODRON, M. Landscape Ecology. John Willey. Nova Iorque. 619 p. 1986.
GAMARRA, R.M. Geotecnologias na análise da estrutura e dinâmica da paisagem do Parque Estadual das Nascentes do rio Taquari-MS.2013.Tese (Doutorado em Ecologia e Conservação).Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS),Universidade Federal de Mato Grosso do Sul(UFMS), Campo Grande-MS.
GAMON, J.A.; FIELD, C.B.; GOULDEN, M.L.; GRIFFIN, K.L.; HARTLEY, A.E.; JOEL, G.; PEÑUELAS, J.; VALENTINI, R. Relationships between NDVI, canopy structure, and photosynthesis in three Californian vegetation types.(http://escholarship.org/uc/item/86c8v3bf#page-3). Acesso em 15 de julho de 2015.Ecological Applications, 5(1):28-41.1995.
GEWIN, V. Mappingopportunities. Nature427. p. 376-377. 22 January 2004.
GIRALDELLI, G.R.;PARANHOS FILHO, A.C. Relação entre as variáveis estruturais do habitat e o índice de vegetação de diferença normalizada (NDVI) em três tipos de habitat de cerrado na fazenda Diamante, Coxim, MS. Anais 1º SIMPÓSIO DE GEOTECNOLOGIAS NO PANTANAL, Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.341-350. 2006.
GLOBALGEO. Globalgeo Geotecnologias LTDA. Imagem do satélite ALOS, sensor AVNIR-2. Bandas 1, 2, 3 e 4. ID ALAV2A236673960. Órbita/Ponto 405/3960 de 04 de julho de 2010. 2010 a.GLOBALGEO. Globalgeo Geotecnologias LTDA. Imagem do satélite ALOS, sensor PRISM. Banda Pan. ID ALPSMN243383960. Órbita/Ponto 405/3960 de 19 de agosto de 2010. 2010 b.
HIRAO, T.; MURAKAMI, M.; IWAMOTO, J.; TAKAFUMI, H.; OGUMA, H. Scale-dependent effects of windthrow disturbance on forest arthropod communities.(http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs11284-007-0370-3#/page-1). Acesso em 15 de julho de 2015.Ecological Research23: 189-196. 2008.
INPE. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Imagem do satélite LANDSAT 5, sensor TM. Bandas 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Órbita/Ponto 224/073 de 18 de julho de 1984. Disponível em: (http://www.dgi.inpe.br/CDSR/). Acesso em:12 denovembro de 2012. 1984.
INPE. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Imagem do satélite LANDSAT 5, sensor TM. Bandas 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Órbita/Ponto 224/073 de 16 de julho de 1989. Disponível em: (http://www.dgi.inpe.br/CDSR/). Acesso em:12 de novembro de 2012. 1989.
INPE. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Imagem do satélite LANDSAT 5, sensor TM. Bandas 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Órbita/Ponto 224/073 de 30 de julho de 1994. Disponível em: (http://www.dgi.inpe.br/CDSR/). Acesso em:12 de novembro de 2012. 1994.
INPE. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Imagem do satélite LANDSAT 5, sensor TM. Bandas 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Órbita/Ponto 224/073 de 28 de julho de 1999. Disponível em: (http://www.dgi.inpe.br/CDSR/). Acesso em:12 de novembrode 2012. 1999.
INPE. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Imagem do satélite LANDSAT 5, sensor TM. Bandas 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Órbita/Ponto 224/073 de 25 de julho de 2004. Disponível em: (http://www.dgi.inpe.br/CDSR/). Acesso em:12 de novembro de2012. 2004.
INPE. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Imagem do satélite LANDSAT 5, sensor TM. Bandas 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Órbita/Ponto 224/073 de 26 de julho de 2010. Disponível em: (http://www.dgi.inpe.br/CDSR/). Acesso em:12 de novembro de 2012. 2010.
LANG, S.;BLASCHKE, T. Análise da paisagem com SIG. Tradução Hermann Kux. São Paulo-SP:Oficina de Textos,2009.LASSAU, S.A.; HOCHULI, D.F. Testing predictions of beetle community patterns derived empirically using remote sensing. Diversity and Distributions 14:138-147. 2008.
LIU, W.T.H. Aplicações de Sensoriamento Remoto. Campo Grande: Editora UNIDERP,2007.
MACHADO, R.B.; RAMOS NETO, M.B.; PEREIRA, P.G.P.; CALDAS, E.F.; GONÇALVES, D.A.; SANTOS, N.S.; TABOR, K.;STEININGER, M. Estimativas de perda da área do Cerrado brasileiro. Relatório técnico não publicado. Conservação Internacional, Brasília, DF. 2004.
MATO GROSSO DO SUL. Decreto nº 9.662, de 9 de outubro de 1999. Cria o Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul de 14 de outubro de 1999.
MITTERMEIER, R. A.; MYERS, N.; GIL, P. R.; MITTERMEIER, C. G. Hotspots: Earth's Biologically Richest and Most Endangered Terrestrial Ecoregions.Conservation International and Agrupacion Sierra Madre(Cemex), Monterrey, Mexico, 1999.
MMA. Ministério do Meio Ambiente. Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira: atualização Portaria no 9, de 23 de janeiro de 2007. Brasília: MMA, Secretaria de Biodiversidade e Florestas. 2007.
OLIVEIRA, E. F.;SILVA, E. A.;FERNANDES, C. E.;PARANHOS FILHO, A.C.;GAMARRA, R. M.;RIBEIRO, A. A.;BRAZIL, R.P.;OLIVEIRA, A.G. Biotic factors and occurrence of Lutzomyia longipalpis in endemic area of visceral leishmaniasis, Mato Grosso do Sul, Brazil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz(Impresso). 2012.
PARANHOS FILHO, A.C.;LASTORIA, G.;TORRES, T.G. Sensoriamento Remoto Ambiental Aplicado: Introdução as Geotecnologias. Campo Grande-MS:Editora UFMS,2008.
PCI. Geomatica Versão 9.1 for Windows. Ontário, Canadá. 16 de dezembro de 2003. 1 CD-ROM. 2003.
PONZONI F.J.;SHIMABUKURO Y.E. Sensoriamento Remoto no Estudo da Vegetação. São José dos Campos-SP: INPE-Editora Parêntese,2007.
RIBEIRO, J.F.;WALTER, B.M.T. Fitofisionomias do Bioma Cerrado.In. SANO, S.M. & ALMEIDA, S.P. Cerrado: ambiente e flora. Planaltina-DF: EMBRAPA-CPAC, 1998.Capítulo 3, 87-165.
ROOT, R.B. Organization of a plant-arthropod association in a simple and diverse habitats: the fauna of collards (Brassica oleracea). Ecological Monographs43:95-124. 1973.
ROUGHGARDEN, J.; RUNNING, S.W.; MATSON, P.A. What does Remote Sensing do for Ecology?. Ecology. 72(6). pp 1918-1922. 1991.
ROUSE, J.W.;HAAS, R.H.;SCHELL, J.A.;DEEERING, D.W. Monitoring vegetation systems in the Great Plains with ERTS (Earth Resources Technology Satellite). In: PROCEEDINGS OF THE THIRD ERTS SYMPOSIUM, SP-351 Goddard Space Flight Center, 1973, Washington: NASA, 1973, p. 309–317.
SARMIENTO, G. The ecology of Neotropical savannas. Harvard University Press, Cambridge, 256 pp. 1984.
SAVERAID, E.H.; DEBINSKI, D.M.; KINDSCHER, K.; JAKUBAUSKAS, M.E. A comparison of satellite data and landscape variables in predicting bird species occurrences in the Greater Yellowstone Ecosystem, USA.(http://link.springer.com/article/10.1023%2FA%3A1008119219788#page-1). Acesso em 15 de julho de 2015.Landscape Ecology 16:71-83. 2001.
SISLA. Sistema Interativo de Suporte ao Licenciamento Ambiental. (http://sisla.imasul.ms.gov.br/Downloads/dados_complementares/). Último acesso em 5 de novembro de 2012. Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL). 2008.
TURNER, M.G. Spatial simulation of landscape changes in Georgia: a comparison of 3 transition models. Landscape Ecology.1: 27-39. 1987.
VICENS, R. S.;MARQUES, J. S.;CRUZ, C.B.M.;ARGENTO, M. F.;GARAY, I. Sensoriamento Remoto e SIG como suporte ao desenvolvimento do subprojeto PROBIO “Conservação e recuperação da Floresta Atlântica de Tabuleiros”. In: GARAY, I. & DIAS, B.F.S. (Orgs.). Conservação da Biodiversidade em Ecossistemas Tropicais. Rio de Janeiro-RJ: Editora Vozes, 2001. Capítulo 12, 317-337.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaro que o ARTIGO submetido é INÉDITO, ORIGINAL e de MINHA RESPONSABILIDADE. Declaro que o artigo não foi submetido ou está em avaliação em outra revista/periódico.
Estou ciente dos itens presentes na LEI Nº 9.610/98 (DIREITOS AUTORAIS) e me responsabilizo por quaisquer problemas relacionados a PLÁGIO.
Estou ciente de que o artigo submetido poderá ser removido da Revista, caso se observe A QUALQUER TEMPO que ele se encontra publicado integralmente ou em parte em outro PERIÓDICO científico.
Declaro, COMO PRIMEIRO AUTOR, que os demais autores do trabalho estão cientes desta submissão e de que NÃO receberão qualquer tipo de remuneração pela divulgação do trabalho.
Como primeiro autor, autorizo, de antemão, a RA’E GA - O Espaço Geográfico em Análise(ISSN 2177-2738), a publicar o artigo, caso aceito.